terça-feira, 24 de abril de 2012

A EMOÇÃO NA SALA DE AULA

Discutiremos a importância da relação entre a emoção e a atividade intelectual na sala de aula, mostrando que tanto o professor quanto o aluno poderá passar por momentos emocionais durante o processo de ensino e aprendizagem.

As três principais emoções que exercem ações na sala de aula são: o medo demonstrado através de situações novas como responder alguma atividade, apresentar algum trabalho etc.; a alegria, que traz inquietação, também pode trazer entusiasmo para a realização das atividades; e por ultimo a cólera, que tem o poder de expor o professor diante da classe trazendo desgastes físicos e emocionais.

Assim na maioria das vezes os professores não sabem lidar com as situações emotivas de sala de aula, pois elas podem ser imprevisíveis.

Um exemplo disso é a atenção que é algo necessário dentro da sala de aula e qualquer movimento significa desatenção, que é interpretado muitas vezes como indisciplina, podendo assim atrapalhar tanto os coleguinhas como a professora. Segundo Almeida (1999, p. 90):

As reações posturais das crianças são normalmente interpretadas como desatenção. Assim, há uma grande insistência pela contenção do movimento, como se sua simples eliminação pudesse assegurar a aprendizagem da criança.

E são através desses movimentos que podem gerar emoções como a alegria, que ao se produzir revela uma grande excitação motora, onde poderá ser trabalhado várias atividades como: teatro, dinâmicas em grupo etc., fazendo com que seja atividades facilitadoras do conhecimento


Sabendo também que o professor deve levar em consideração os estados emocionais no contexto de sala de aula, pois o excesso ou a falta de movimento pode revelar a presença de um estado emocional, seja ela boa ou ruim.

Portanto, o professor tem que ser equilibrado emocionalmente na sala de aula, pois a inteligência costuma ceder aos caprichos da emoção, o grande desafio é manter o equilíbrio entre a razão e a emoção, para que o estado emocional não implique em exercer determinada atividade cognitiva.

Muitas vezes os professores se revelam como um alvo frágil e fácil do aluno atingir. Essa falta de aproximação entre o professor e a emoção deixa-o totalmente cego diante das expressões na sala de aula.

Pode-se dizer que a escola exerce um papel fundamental no desenvolvimento socioafetivo da criança. Segundo Almeida (1999, p. 99):

Como meio social, é um ambiente diferente da família, porém bastante propício ao seu desenvolvimento, pois é diversificado, rico em interações, e permite à criança estabelecer relações simétricas entre parceiros da mesma idade e assimetria entre adultos. Ao contrário da família, na qual a sua posição é fixa, na escola ela dispõe de uma maior mobilidade, sendo possível a diversidade de papéis e posições. Dessa forma, o professor e os colegas são interlocutores permanentes tanto no desenvolvimento intelectual como do caráter da criança, o que poderá ser preenchido individual e socialmente.

Através dessas diversas interações, escola / família, professor / aluno, o meio proporciona experiências essenciais para a construção da personalidade da criança, caracterizando-a assim como ser humano, como sujeito do conhecimento e do afeto, possibilitando um maior crescimento.

PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

As primeiras aprendizagens das crianças ocorrem na primeira relação com a mãe (primeiras palavras, gestos...). Nesta relação à criança constrói seu estilo particular de aprendizagem, que sofrerá modificações à medida que a criança se relaciona com outros contextos. Segundo Almeida (1999, p. 48):

Cada estágio da afetividade, quer dizer as emoções, o sentimento e a paixão, pressupõem o desenvolvimento de certas capacidades, em que se revelam um estado de maturação. Portanto, quanto mais habilidade se adquire no campo da racionalidade, maior é o desenvolvimento da afetividade.

Sendo assim, as aprendizagens ocorrem, inicialmente, no âmbito familiar e, depois, no social e na escola. Podemos observar que existe uma grande dificuldade quando ocorre a separação da criança no meio familiar para o meio escolar.

Assim muitas crianças sofrem no primeiro dia de aula e outras não, muitas vezes os professores não são compreensivos e isso faz com que os alunos não aprendam a matéria prejudicando-os futuramente. São várias coisas que podem atrapalhar a vida escolar, as crianças que não são disciplinadas e só fazem o que tem vontade, deixando assim os seus deveres escolares, outras vezes, os pais só querem cobrar dos filhos fazendo ameaças e isso faz com que a criança não se lembre de tudo que estudou. As crianças também podem ter dificuldades em manter a concentração pensando na ameaça dos pais, nas brigas.

Os problemas de aprendizagem como leitura e escrita podem ser causas, sinais e evidências de um processo educacional que está desarticulado ao longo de sua evolução histórica, sendo necessário um resgate do processo de ensino – aprendizagem, deixando aos educadores e aos pais a incapacidade de entender tais problemas como a leitura e a escrita. Segundo Almeida (1999: 91), “[...] é preciso que o professor esteja muito atento aos movimentos das crianças, pois estes podem ser indicadores de estados emocionais que devem ser levados em conta no contexto de sala de aula.”

Para Bossa (2000, p. 18): “Sabemos que o sentidos das aprendizagens é único e particular na vida de cada um, e que inúmeros são os fatores afetivos emocionais que podem impedir o investimento energético necessário às aquisições escolares.”

Mas existem dois fatores principais que interferem na aprendizagem, impossibilitando o fluxo normal do processo de aprender: Primeiro são os fatores internos de ordem orgânico ou psicológico (devemos analisar a história da criança, incluindo a avaliação de sua estrutura familiar, para que se possa identificar como a aprendizagem é significada por este grupo). E o segundo são os fatores externos ligados à metodologia de ensino, às condições sócio-econômicas e ainda aos recursos do educador.


A dificuldade de aprendizagem é resultante de conflitos que se encontram diretamente relacionado à metodologia pedagógica, ao sistema de ensino e, ainda, ao vínculo que o sujeito estabelece com a escola, bem como com os professores, pais e sociedade.

Assim o afeto explica a aceleração ou retardamento da formação das estruturas; aceleração no caso de interesse e necessidade do aluno, retardamento quando a situação afetiva é obstáculo para o desenvolvimento intelectual da criança.

Cabe a instituição escolar contribuir para que a criança integre seu convívio na sociedade, de outro lado à escola deve ajudar a família a solucionar o problema de seus filhos, reintegrando a imagem que se tem deles. Algumas vezes sendo necessário encaminhamento a profissionais especializados como psicólogos ou psicopedagogos. A escola, o educador e a família devem, pois, ser testemunhas da possibilidade do conhecimento.

Para amenizar alguns problemas existem dois profissionais pelos quais trabalham com essa área:

O psicopedagogo institucional é o que trabalha dentro da escola ajudando crianças e adolescentes a resolverem seus problemas na vida escolar. Além de orientar a criança, o psicopedagogo institucional poderá orientar os pais, que muitas vezes estão passando por problemas familiares.

E o psicopedagogo clínico é aquele que tem uma clínica para atender os alunos também com problemas escolares.

Os psicopedagogos são, portanto, profissionais preparados para a prevenção, diagnóstico e o tratamento dos problemas de aprendizagem escolar. Através do diagnóstico clínico ou institucional eles identificam a causa do problema, que podem ser identificados através de testes, atividades pedagógicas, história, jogos etc.

Na escola o psicopedagogo institucional vai atuar junto com os professores para a melhoria das condições do processo de ensino e aprendizagem.

Com este trabalho conclui-se que as manifestações de afetividade exercem um papel fundamental no processo de desenvolvimento do aluno, seja ela criança ou adolescente.

A relação entre inteligência e afetividade, razão e emoção no desenvolvimento do aluno e no contexto da educação estão inteiramente ligadas ao desempenho escolar. Pois o desenvolvimento é um processo contínuo e a afetividade tem um papel imprescindível nesse processo de desenvolvimento do aluno, no entanto, o meio deve proporcionar relações de afetividade entre pais e filhos, professores e alunos.

Uma vez que a ausência de uma educação que aborde a emoção tanto na sala de aula quanto na família traz prejuízos que não poderão ser corrigidos pela ação pedagógica resultando em grandes dificuldades de aprendizagem por parte do aluno.

Cabendo aos pais e aos professores construírem com o papel de afetividade no desenvolvimento da criança, onde sejam trabalhadas as emoções de forma prazerosa, pois o resultado do trabalho com essas emoções pode resultar em grandes aprendizagens significativas, seja ela em casa ou na escola.





Referências Bibliográficas

ALMEIDA, A. R. S. emoção na sala de aula. Campinas, SP: Papirus, 1999.

BOSSA, N. A. Dificuldades de aprendizagem: O que são? Como tratá- las? Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

CURY, A. J. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

__________. Você é insubstituível. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

FERNANDEZ, A. A Inteligência Aprisionada: abordagem psicopedagógica clínica da criança e sua família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.

FERREIRA, A. B. H. Novo Aurélio XXI: o dicionário da Língua Portuguesa. 3 ed. Totalmente revista e ampliada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

MIRANDA, G. M. O processo de Socialização na escola: a evolução da condição social da criança. In: LANE, Silva. Social o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 1994.

TIBA, I. Quem ama educa. São Paulo: Gente, 2002.

WALLON, H. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições 70, 1968.

PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM

As primeiras aprendizagens das crianças ocorrem na primeira relação com a mãe (primeiras palavras, gestos...). Nesta relação à criança constrói seu estilo particular de aprendizagem, que sofrerá modificações à medida que a criança se relaciona com outros contextos. Segundo Almeida (1999, p. 48):

Cada estágio da afetividade, quer dizer as emoções, o sentimento e a paixão, pressupõem o desenvolvimento de certas capacidades, em que se revelam um estado de maturação. Portanto, quanto mais habilidade se adquire no campo da racionalidade, maior é o desenvolvimento da afetividade.

Sendo assim, as aprendizagens ocorrem, inicialmente, no âmbito familiar e, depois, no social e na escola. Podemos observar que existe uma grande dificuldade quando ocorre a separação da criança no meio familiar para o meio escolar.

Assim muitas crianças sofrem no primeiro dia de aula e outras não, muitas vezes os professores não são compreensivos e isso faz com que os alunos não aprendam a matéria prejudicando-os futuramente. São várias coisas que podem atrapalhar a vida escolar, as crianças que não são disciplinadas e só fazem o que tem vontade, deixando assim os seus deveres escolares, outras vezes, os pais só querem cobrar dos filhos fazendo ameaças e isso faz com que a criança não se lembre de tudo que estudou. As crianças também podem ter dificuldades em manter a concentração pensando na ameaça dos pais, nas brigas.

Os problemas de aprendizagem como leitura e escrita podem ser causas, sinais e evidências de um processo educacional que está desarticulado ao longo de sua evolução histórica, sendo necessário um resgate do processo de ensino – aprendizagem, deixando aos educadores e aos pais a incapacidade de entender tais problemas como a leitura e a escrita. Segundo Almeida (1999: 91), “[...] é preciso que o professor esteja muito atento aos movimentos das crianças, pois estes podem ser indicadores de estados emocionais que devem ser levados em conta no contexto de sala de aula.”

Para Bossa (2000, p. 18): “Sabemos que o sentidos das aprendizagens é único e particular na vida de cada um, e que inúmeros são os fatores afetivos emocionais que podem impedir o investimento energético necessário às aquisições escolares.”

Mas existem dois fatores principais que interferem na aprendizagem, impossibilitando o fluxo normal do processo de aprender: Primeiro são os fatores internos de ordem orgânico ou psicológico (devemos analisar a história da criança, incluindo a avaliação de sua estrutura familiar, para que se possa identificar como a aprendizagem é significada por este grupo). E o segundo são os fatores externos ligados à metodologia de ensino, às condições sócio-econômicas e ainda aos recursos do educador.


A dificuldade de aprendizagem é resultante de conflitos que se encontram diretamente relacionado à metodologia pedagógica, ao sistema de ensino e, ainda, ao vínculo que o sujeito estabelece com a escola, bem como com os professores, pais e sociedade.

Assim o afeto explica a aceleração ou retardamento da formação das estruturas; aceleração no caso de interesse e necessidade do aluno, retardamento quando a situação afetiva é obstáculo para o desenvolvimento intelectual da criança.

Cabe a instituição escolar contribuir para que a criança integre seu convívio na sociedade, de outro lado à escola deve ajudar a família a solucionar o problema de seus filhos, reintegrando a imagem que se tem deles. Algumas vezes sendo necessário encaminhamento a profissionais especializados como psicólogos ou psicopedagogos. A escola, o educador e a família devem, pois, ser testemunhas da possibilidade do conhecimento.

Para amenizar alguns problemas existem dois profissionais pelos quais trabalham com essa área:

O psicopedagogo institucional é o que trabalha dentro da escola ajudando crianças e adolescentes a resolverem seus problemas na vida escolar. Além de orientar a criança, o psicopedagogo institucional poderá orientar os pais, que muitas vezes estão passando por problemas familiares.

E o psicopedagogo clínico é aquele que tem uma clínica para atender os alunos também com problemas escolares.

Os psicopedagogos são, portanto, profissionais preparados para a prevenção, diagnóstico e o tratamento dos problemas de aprendizagem escolar. Através do diagnóstico clínico ou institucional eles identificam a causa do problema, que podem ser identificados através de testes, atividades pedagógicas, história, jogos etc.

Na escola o psicopedagogo institucional vai atuar junto com os professores para a melhoria das condições do processo de ensino e aprendizagem.

Com este trabalho conclui-se que as manifestações de afetividade exercem um papel fundamental no processo de desenvolvimento do aluno, seja ela criança ou adolescente.

A relação entre inteligência e afetividade, razão e emoção no desenvolvimento do aluno e no contexto da educação estão inteiramente ligadas ao desempenho escolar. Pois o desenvolvimento é um processo contínuo e a afetividade tem um papel imprescindível nesse processo de desenvolvimento do aluno, no entanto, o meio deve proporcionar relações de afetividade entre pais e filhos, professores e alunos.

Uma vez que a ausência de uma educação que aborde a emoção tanto na sala de aula quanto na família traz prejuízos que não poderão ser corrigidos pela ação pedagógica resultando em grandes dificuldades de aprendizagem por parte do aluno.

Cabendo aos pais e aos professores construírem com o papel de afetividade no desenvolvimento da criança, onde sejam trabalhadas as emoções de forma prazerosa, pois o resultado do trabalho com essas emoções pode resultar em grandes aprendizagens significativas, seja ela em casa ou na escola.





Referências Bibliográficas

ALMEIDA, A. R. S. emoção na sala de aula. Campinas, SP: Papirus, 1999.

BOSSA, N. A. Dificuldades de aprendizagem: O que são? Como tratá- las? Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

CURY, A. J. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

__________. Você é insubstituível. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.

FERNANDEZ, A. A Inteligência Aprisionada: abordagem psicopedagógica clínica da criança e sua família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.

FERREIRA, A. B. H. Novo Aurélio XXI: o dicionário da Língua Portuguesa. 3 ed. Totalmente revista e ampliada. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

MIRANDA, G. M. O processo de Socialização na escola: a evolução da condição social da criança. In: LANE, Silva. Social o homem em movimento. São Paulo: Brasiliense, 1994.

TIBA, I. Quem ama educa. São Paulo: Gente, 2002.

WALLON, H. A evolução psicológica da criança. Lisboa: Edições 70, 1968.

A AFETIVIDADE E SUA INFLUÊNCIA NA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA

O aspecto afetivo tem uma profunda influência sobre o desenvolvimento intelectual da criança, pode acelerar ou diminuir o ritmo de desenvolvimento, além de determinar sobre que conteúdos a atividade intelectual se concentrará. Na teoria de Piaget, o desenvolvimento intelectual é considerado como tendo dois componentes: um cognitivo e outro afetivo. Paralelo ao desenvolvimento cognitivo está o desenvolvimento afetivo. O afeto inclui sentimentos, interesses , desejos, tendências, valores e emoções em geral. Piaget aponta que há aspectos do afeto que se desenvolve.
São várias as dimensões, que o afeto apresenta, incluindo os sentimentos subjetivos (amor, raiva, depressão) e aspectos expressivos (sorrisos, gritos, lágrimas). Na sua visão, o afeto se desenvolve no mesmo sentido que a cognição ou inteligência. E é responsável pela ativação da atividade intelectual.
Analisando os vários livros de Piaget percebe-se que este descreveu cuidadosamente o desenvolvimento afetivo e cognitivo do nascimento até a vida adulta, centrando-se na infância. Com suas capacidades afetivas e cognitivas expandidas através da contínua construção, as crianças tornam-se capazes de investir afeto e ter sentimentos validados nelas mesmas.
Neste aspecto, a auto-estima mantém uma estreita relação com a motivação ou interesse da criança para aprender. O afeto é o princípio norteador da auto-estima. Após desenvolvido o vínculo afetivo, a aprendizagem, a motivação e a disciplina como 'meio' para conseguir o autocontrole da criança e seu bem estar são conquistas significativas.
A afetividade consiste em poder fazer com que a criança receba o contato físico, verbal, a relação de cuidados, mas isso também implica conflitos, envolvendo amor e raiva.
O pai e o professor, educadores que são, devem entender que têm uma missão: construir um ser humano. Isso somente acontecerá pela obra do amor, amor esse que cobra, que é duro, que traz sofrimento e preocupação, mas, por outro lado, traz muito prazer e a realização do ato humano mais criador - fazer nascer um ser de verdade.
Existem características próprias da profissão dos educadores que devem ser levadas em conta, uma vez que lidam com a formação de seres humanos e trabalham com os aspectos cognitivos e afetivos, o que exige uma diversificação de atitudes para atender às diferentes demandas escolares e sociais.
Assim, para que a criança tenha um desenvolvimento saudável e adequado dentro do ambiente escolar, e conseqüentemente no social, é necessário que haja um estabelecimento de relações interpessoais positivas, como aceitação e apoio, possibilitando assim o sucesso dos objetivos educativos.
Na condição de educadores, precisamos estar atentos ao fato de que, enquanto não dermos atenção ao fator afetivo na relação educador-educando, corremos o risco de estarmos só trabalhando com a construção do real, do conhecimento, deixando de lado o trabalho da constituição do próprio sujeito que envolve valores e o próprio caráter necessário para o seu desenvolvimento integral.
O amor, o afeto é a chave para a educação. Temos que valorizar o aluno, dando amor, afeto, carinho, o que leva a auto estima. A educação passa por um processo de transformação. O entendimento das resistências escolares cotidianas como meio para encontrar resposta à adaptação e permanência da criança ao ambiente escolar leva o educador a abrir-se às inovações da Educação Infantil.
O professor deve criar a capacidade que gere espírito crítico para a interação, para melhorar, os estímulos, incentivos, motivar para melhorar a auto estima.
Fazer com que a pessoa se sinta responsável pelo processo educativo, se sinta sujeito da educação.
Dar meios, elementos, para que os alunos resolvam os problemas, as soluções, os desafios.
Debater, dialogar para encontrar soluções.
Enfim, compreende-se que a educação é dinâmica e provocadora de reflexões, portanto o professor deve acompanhar esse processo de mudanças e reflexões, na busca de novos conhecimentos, novos desafios e novas conquistas e através do afeto criar laços de múltiplas aprendizagens.
Ser professor é reconhecer as dificuldades sim, mas mantendo uma postura ativa na minimização e superação delas. Acreditar também que as mudanças estão em cada um e que se pensamos e queremos paz, temos que começar a exercitar em nossa própria vida, em nossa família, escola, sala de aula.

terça-feira, 10 de abril de 2012

COMO ESTÁ O SEU STRESS?



*Veja indicação de textos para leitura no final da página

* Direitos Autorais: Olga Inês Tessari

Algum grau de stress sempre ocorre em cada evento de seu dia a dia. Sua reação pessoal ao evento ou situação é que vai determinar o grau de stress atingido.

Leia as questões abaixo e anote, em cada uma, a letra que melhor corresponde ao que você sente.

a- Nunca
b- Raramente
c- Algumas vezes
d- Freqüentemente
e- Sempre
QUESTÕES

As perguntas se referem ao período das últimas semanas .

1-Eu me vejo pensando que eu deveria me realizar mais em minha vida pessoal ou profissional.

2- Sinto-me sonolento e/ou cansado.

3- Penso que deveria ter mais tempo para conviver com meus amigos, familiares e/ou companheiro (a).

4- Não estou satisfeito com minhas condições físicas (estou fora de meu peso, sem condicionamento físico nenhum).

5- Acho que não tenho tempo suficiente para fazer tudo o que precisaria ser feito.

6- As pessoas em volta de mim não percebem ou não reconhecem as minhas habilidades ou talentos.

7- Parece que estou no meio de conflitos próximos ou relacionados a mim.

8- Não consigo cuidar direito da minha casa ou mantê-la financeiramente.

9- Eu fumo/bebo.

10- Estou com dificuldades financeiras.

11- Eu não me permito falar a verdade sobre eu mesmo, mostrar-me como sou realmente para os meus amigos/familiares.


RESULTADOS

1) Transforme cada letra de cada questão pelo número de pontos correspondente /veja abaixo).
2) Some os pontos de todas as questões.
3) Veja em que grupo você se encaixa!

PONTUAÇÃO:

a = 1 ponto
b = 2 pontos
c = 3 pontos
d = 4 pontos
e = 5 pontos



GRUPO I - 1 a 20 pontos

Você sabe administrar muito bem o seu stress! Continue assim!


Grupo II - 21 a 35 pontos

Nível médio de stress, procure apenas relaxar um pouco mais e se alimentar de forma equilibrada para manter-se neste nível.


Grupo III - 36 a 45 pontos

Excesso de stress presente.
Sugiro que você comece a mudar o seu estilo de vida para reduzir o stress.
Procure dispor de 30 minutos por dia só para você, mesmo que seja para não fazer nada.
Procure relaxar, respirar melhor, cuide de sua alimentação e faça uma atividade física aeróbica com assiduidade.
Ria com mais frequência!!


Grupo IV - 46 a 56 pontos

Se você está nesta categoria, é hora de buscar ajuda profissional (psicóloga) para aprender a lidar melhor com as causas que geram o seu stress.
O alto nível de stress desencadeia envelhecimento precoce e maior susceptibilidade a infecções, entre outras doenças.

A ESCOLA COMO CONTEXTO DE SOCIALIZAÇÃO

Fabrícia Moraes

A escola é o primeiro ambiente de atuação pública da criança. É o lugar onde ela aprende a interagir de forma coletiva com outras pessoas. Além de companheiros a escola oferece uma nova vivencia com rotina, horários e regras diferentes das de casa, é também o espaço em que a criança começa a estabelecer vínculos com pessoas em funções diferentes.

A escola representa um espaço privilegiado de socialização e dependendo dos comportamentos promovidos essa socialização pode ser constituída como base em relações defensivas ou propositivas.

Na infância, onde se inicia a interação criança – sociedade, a escola exerce um papel muito importante. É na promoção de mecanismos propositivos, como o dialogo e participação, que as relações sociais deverão esta apoiada para o desenvolvimento psicossocial e humano das crianças.

A potencialidade da escola como instrumento democratizador, socializador e impulsionador da melhoria das condições de vida é amplamente reconhecida. Ela configura-se como o principal agente educacional da sociedade pós-moderna.

A criança quando se separa dos seus pais, para interagir com outros adultos e compartilhar o mesmo espaço e brinquedo com outras crianças, passa a conviver com ritmo nem sempre compatíveis com o seu e começa a participar de um universo de objetos, ações e relações cujo significado lhe é desconhecido.

Ao chegar à escola a criança deve encontrar no professor um aliado que está ali não só para ensinar como também para escutar, renovar suas idéias e aprender como cada aluno.

Devemos levar em consideração que a criança é um ser social e seu desenvolvimento se dá entre outros seres humanos, em um espaço e tempo determinado. Vygotsky apud Zilma de Moraes (2001, p.115) comenta: “[...] o desenvolvimento humano ocorre na e através da interação social sendo que nesta interação a criança constrói seu conhecimento e a si mesma enquanto sujeito”.

Portanto, a trajetória da evolução do conhecimento do ser humano é resultado de uma interação permanente de processos internos com as influencias do mundo social.

A comunidade educacional está composta por um sistema de rede de relações interpessoais, de diferente natureza, que se articulam tanto aos sistemas de atividades quanto ao sistema social, papeis e funções escolares.

Consequentemente o foco da instituição educacional devem incidir não apenas sobre a criança, tratada no singular, mas nas interações criança / criança, adulto / criança e não somente ao adulto / profissional deve ser atribuído um papel, mas também respectivo papel à criança / educanda, bem como que os conhecimentos presentes nas interações sejam analisados levando-se em conta a simultaneidade de seus componentes cognitivos, afetivos e sociais.

Isso significa que os profissionais e as crianças envolvidas nas interações pedagógicas necessitam exercitar, permanentemente, procedimentos que levem a abstração e ao rigor, na difícil tarefa de articulação entre os distintos títulos de conhecimento, promovendo experiência interacionais educativas diversificadas: as manifestações genuínas, típicas do lúdico; a realização de tarefas com parceiros pré-determinados ou não pelo adulto; o estudo e a sistematização dos conteúdos abordados num grupo.

Desta forma, a convivência em um espaço institucional especialmente planejado para este fim favorece o desenvolvimento da criança, e mostra a importância da formação especializada do professor.

Para este profissional deve estar claro que todas as tarefas, brincadeiras ou atividades que se realizam na instituição têm valor educativo. Evidencia-se a concepção expressa de instituição educacional com um espaço de relações sociais e de trabalho, que envolve aspectos técnicos, administrativos, filosóficos e metodológicos.

Zilma de Moraes (2001, p.39-40) diz que a escola deve assumir um caráter de pré-meditação onde haja planejamento prévio, acompanhamento e avaliação das interações pedagógicas que vai muito além daquele encontrado na família ou em outras instancias educativas. O espaço institucional deve ser, na sua natureza, um espaço socializador, nele a criança terá que defrontar-se com outras crianças da mesma faixa etária, maiores ou menores que ela o que significa que estará, permanentemente, realizando atividades em grupo.

Neste sentido, a instituição educacional constitu-se, potencialmente, em um espaço possibilitador de uma variedade muito maior de experiências interativas para as crianças.

Os conhecimentos advindos destas interações terão uma garantia maior de constituírem-se e consolidarem-se de forma mais eficiente, através da ação do adulto, mediante a sistematização previa e posterior dos conceitos entendidos como necessários; através da utilização permanente de instrumentos de observação, reflexão e analise; da hierarquização das dificuldades identificadas e dos desafios a serem apresentados; da sistematização individual e coletiva dos conceitos pelos parceiros.

Por fim, o “sucesso” da interação é que vai medir a eficácia da instituição educacional.


REFERÊNCIAS


BASSEDAS, Eulália; HUGULT, Teresa; SOLE, Isabel. Aprender e Ensinar na Educação Infantil. Porto Alegre: Artes Médicas Sul,1999.

BONDIOLI, Anna; MANTOVANI, Susanna. Manual de Educação Infantil: 0 a 3 anos- uma arbodagem reflexiva.9ªed., Porto Alegre: ArtMed, 1998.

COLL, César; PALACIOS, Jesús; MARCHESI, Alvaro. Desenvolvimento Psicológico e Educação: Psicologia da Educação. V.2., Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1996.
DOUGLAS, Hellen Bee. A Criança em Desenvolvimento. 3ª ed., São Paulo-SP: Harper e Row do Brasil LTDA, 1984.

OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Educação Infantil: Muitos Olhares. 5ªed., São Paulo- SP: Cortez, 2001.

PSICOMOTRICIDADE

A Psicomotricidade contribui de maneira expressiva para a formação e estruturação do esquema corporal e tem como objetivo principal incentivar a prática do movimento em todas as etapas da vida de uma criança. Por meio das atividades, as crianças, além de se divertirem, criam, interpretam e se relacionam com o mundo em que vivem. Por isso, cada vez mais os educadores recomendam que os jogos e as brincadeiras ocupem um lugar de destaque no programa escolar desde a Educação Infantil.
A Psicomotricidade nada mais é que se relacionar através da ação, como um meio de tomada de consciência que une o ser corpo, o ser mente, o ser espírito, o ser natureza e o ser sociedade. A Psicomotricidade está associada à afetividade e à personalidade, porque o indivíduo utiliza seu corpo para demonstrar o que sente.
Vitor da Fonseca (1988) comenta que a "PSICOMOTRICIDADE" é atualmente concebida como a integração superior da motricidade, produto de uma relação inteligível entre a criança e o meio.
Na Educação Infantil, a criança busca experiências em seu próprio corpo, formando conceitos e organizando o esquema corporal. A abordagem da Psicomotricidade irá permitir a compreensão da forma como a criança toma consciência do seu corpo e das possibilidades de se expressar por meio desse corpo, localizando-se no tempo e no espaço. O movimento humano é construído em função de um objetivo. A partir de uma intenção como expressividade íntima, o movimento transforma-se em comportamento significante. É necessário que toda criança passe por todas as etapas em seu desenvolvimento.
O trabalho da educação psicomotora com as crianças deve prever a formação de base indispensável em seu desenvolvimento motor, afetivo e psicológico, dando oportunidade para que por meio de jogos, de atividades lúdicas, se conscientize sobre seu corpo. Através da recreação a criança desenvolve suas aptidões perceptivas como meio de ajustamento do comportamento psicomotor. Para que a criança desenvolva o controle mental de sua expressão motora, a recreação deve realizar atividades considerando seus níveis de maturação biológica. A recreação dirigida proporciona a aprendizagem das crianças em várias atividades esportivas que ajudam na conservação da saúde física, mental e no equilíbrio sócio-afetivo.
Segundo Barreto (2000), “O desenvolvimento psicomotor é de suma importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do tônus, da postura, da direcional idade, da lateralidade e do ritmo”. A educação da criança deve evidenciar a relação através do movimento de seu próprio corpo, levando em consideração sua idade, a cultura corporal e os seus interesses. A educação psicomotora para ser trabalhada necessita que sejam utilizadas as funções motoras, perceptivas, afetivas e sócio-motoras, pois assim a criança explora o ambiente, passa por experiências concretas, indispensáveis ao seu desenvolvimento intelectual, e é capaz de tomar consciência de si mesma e do mundo que a cerca.
Bons exemplos de atividades físicas são aquelas de caráter recreativo, que favorecem a consolidação de hábitos, o desenvolvimento corporal e mental, a melhoria da aptidão física, a socialização, a criatividade; tudo isso visando à formação da sua personalidade.
SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS PSICOMOTORES: engatinhar, rolar, balançar, dar cambalhotas, se equilibrar em um só pé, andar para os lados, equilibrar e caminhar sobre uma linha no chão e materiais variados (passeios ao ar livre), etc.....
Pode-se afirmar, então, que a recreação, através de atividades afetivas e psicomotoras, constitui-se num fator de equilíbrio na vida das pessoas, expresso na interação entre o espírito e o corpo, a afetividade e a energia, o indivíduo e o grupo, promovendo a totalidade do ser humano.

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA COMO PRIMEIRO ESPAÇO EDUCATIVO



A família é o primeiro espaço onde cada indivíduo se insere e o qual ajuda na promoção de o ser pessoa. É neste contexto que ele se conscientiza dos seus papéis primários e onde se inicia o processo de socialização primária, que o leva à articulação com a comunidade.
É no seio familiar que se faz a transmissão de valores, costumes e tradições entre gerações.
A educação, aqui, é processada sem regulamentos técnicos, onde constitui maior relevância aquilo que o indivíduo é e não aquilo que ele é capaz de fazer.
Desde sempre, a família acaba por surgir como um lugar onde se aprende a viver, ser e estar, e onde se começa o processo de conscientização dos valores sociais inerentes à sociedade e sem os quais esta não consegue subsistir. É neste ambiente que o indivíduo aprende a respeitar os outros e a colaborar com eles.
A família surge com direitos e deveres. Estes deveres estão consagrados na Constituição da República e nos valores sociais e morais respectivos à sociedade. Os pais dão vida aos filhos, a partir daqui cabe a eles dar-lhes o apoio de que necessitam, a educação e as condições necessárias para o seu crescimento saudável.
A família tem um papel educativo essencial. Dela vai depender a definição do quadro de referência primário para a prática educativa. No entanto, o desenvolvimento contínuo da função parental está longe de ser linear e positivo. Existem períodos de concordância que resultam em desenvolvimento para todos, mas também surgem momentos de desacordo que põe a família frente à educação com um profundo mal-estar.
O meio familiar exerce uma das mais importantes influências no desenvolvimento das capacidades cognitivas e na estruturação das características afetivas dos filhos. No entanto, a educação familiar não deve entoar só os efeitos do desenvolvimento dos filhos. A família deve ser considerada um ecossistema da educação.

Como você age com seu filho?

Relação entre pais e filhos nos dias atuais:

Como está o mundo hoje?

• Violência;
• Guerras;
• Novas descobertas científicas, novos remédios, novas técnicas de operação (micro-cirurgias ao invés de grandes cortes nas pessoas, etc.);
• Um bombardeio de informações através da televisão, jornal, rádio, internet;
• Novos produtos, maciça propaganda de lançamentos de produtos para todas as finalidades;
• Aumento do desemprego;
• Exigência de novas especializações para as pessoas poderem se empregar
• Ex: pessoas ter o segundo grau ou nível médio para poder ser caixa de supermercado; saber trabalhar usando o computador, etc.
• Frente a tudo isso, o pai e a mãe olha para seu filho e sente preocupação de educá-lo para a vida, para enfrentar essa nova realidade. O QUE FAZER? Como deve ser a relação entre pais e filhos nos dias atuais?

Como deve ser o lar?

• Lugar de acolhida, proteção e amor;
• É o ninho da intimidade: sem o medo, livre de preocupações, tensões, pressões;
• É o oásis da tranqüilidade: o lugar onde há sempre alguém que espera.
• É o porto onde nos equipamos para enfrentar o mundo exterior;
• É o ginásio de esporte onde se treina. Podem expressar suas forças e idéias, pois são amados.
• Em casa pode-se aprender errando;
• É a clínica do coração: perdão e encorajamento;
• É o lugar do intercâmbio afetivo entre gerações;
• É o terreno onde afundam as raízes da identidade.
• Dentro da casa nasce o “nós”, a nossa família;
• É o lugar mais bonito para se viver e crescer.

É vital ensinar os filhos a amarem a casa da família e a sentirem-se responsáveis por ela, para que todos possam transmitir sempre esta mensagem:

“Sinto-me tão feliz por estar aqui, com você”.

Que atitudes devem ser evitadas pelos pais?

Por que esse cuidado?

Sem o perceberem, os pais, em seus diálogos, estão transmitindo um verdadeiro MANUAL DE COMPORTAMENTO aos filhos, fora do que pensam fazer quando “estão educando as crianças”.

• Atitudes como impaciência (gritos: já disse, falei, dane-se, isto é problema seu, eu avisei, não me aborreça, não comece de novo, não vou entrar na sua, pelo amor de Deus, chega, já estou saturado, não pegue no meu pé, etc., etc...);
• Descontrole emocional provocando crises de choro, clastomania (destruição de objetos: pratos, livros, cartas, retratos);
• Desmaios, atitudes compulsivas (sair de casa, fechar-se num quarto);
• Agressão física (socos, pontapés, bofetadas, empurrões);
• Ameaças (abandono do lar, vender tudo e sair de casa, sair para não voltar);
• Autopunição (puxar os cabelos, arranhar-se, bater-se);
• Tentativas reais ou simuladas de auto-eliminação;
• Desonestidade (não fui eu, não disse tal coisa, você mente, você inventa, você é falso);
• Ofensas verbais (estúpido, louco, histérico, vagabundo, desordeiro, bêbado, cruel, mal educado e outras ).
Quais as atitudes positivas dos pais com os filhos ?
• Os filhos devem compreender que os pais apóiam seu esforço para tornarem-se autônomos, mas que, como pais, têm o dever de protegê-los dos perigos;
• Uma regra importante: pai e mãe estarem de acordo;
• Pai e mãe estabelecendo as mesmas regras;
• É útil distinguir, na educação dos nossos filhos, o que é importante e o que é irrisório.
• Em momentos particulares de proximidade e serenidade, os pais devem lembrar aos filhos que ser “único” é muito melhor do que ser “como os outros”;
• Preparar os filhos para a criatividade;
• Desenvolver nos nossos filhos o senso crítico, para que possam ter discernimento do certo e do errado, do bom e do mau;
• Desenvolver e estimular o culto e a prática da liberdade (com responsabilidade);
• Desenvolver o respeito à pessoa;
• Desenvolver o sentido da autonomia;
• Desenvolver o sentido da mobilidade, pois devem ser capazes de se adaptar constantemente às novas situações, capazes de descobrir respostas novas para novos desafios;
• Desenvolver o sentido da constância;
• Grande desafio: a partir dos 9-10 anos ensinar nossos filhos, frente a um trabalho, problema, tarefa, etc.:
• Primeiro: pensar;
• Segundo: imaginar como fazer;
• Terceiro: Agir (fazer).
• Quantos exemplos nós conhecemos de pessoas que agem por impulso na compra de um produto, mercadoria, em fazer um crediário acima de suas possibilidades financeiras, etc., apenas porque primeiro agiu, depois pensou e depois chorou.
• Não proibir a criança de agir, experimentar e aprender por si mesma, pois as sucessivas críticas e reprovações às suas iniciativas podem gerar sentimentos de inferioridade, baixa estima, ou timidez.
• Tanto as proibições, como a permissividade dos pais podem perturbar o desenvolvimento da criança e comprometer o seu futuro.

O que facilita o relacionamento pais e filhos?

• Estar perto de nossos filhos. Como? Brincando e ouvindo nossos filhos.
• Dar chance para nossos filhos pensarem, decidirem e fazerem coisas, atividades, tarefas;
• Evitar mentir para os filhos;
• Evitar divulgar os segredos dos nossos filhos. Há certas coisas que devem ficar restritas somente aos pais. Outras pessoas não devem saber;
• Estar disponível para o filho poder conversar com os pais;
• Procurar manter momentos de lazer em família, mesmo que seja um passeio pela praça, a um parque, etc.;
• Não ridicularizar o filho, usando expressões como:
• Você é burro, nunca vai aprender;
• Você é incapaz de fazer tal coisa;
• Você é um mão furada, tudo que pega deixa cair;
• Você é um eterno irresponsável, nunca consegue terminar nada.

E na educação dos nossos filhos, o que mais podemos fazer?

• Sendo exemplo para nossos filhos;
• Orientando nossos filhos: passando os nossos e o porque;
• Ensinando-os a aprenderem a julgar;
• Ensinando que raiva, medo, e outros são sentimentos comuns, mas que devemos saber expressá-los;
• Praticar: o perdão e a solidariedade;
• Entender a frustração;
• Ensinando-os sobre a frustração: não podemos ter tudo na vida, nem ter as coisas que queremos na hora que achamos que devemos ter. Devemos, isto sim, batalhar para podermos, paulatinamente, dando um passo de cada vez, conseguir as coisas que desejamos através do trabalho e planejamento, para chegar lá;
• Ensinado-os a perdoar. Mesmo estando certos, é necessário perdoar a quem nos culpa ou ofende. Na vida conjugal, no futuro, vai ser muito importante saber perdoar a esposa ou o esposo de qualquer ato que tenha sido feito;
• Usando de autoridade: firme, amorosa. Sem autoritarismo.
É necessário que a criança compreenda o significado do NÃO. E os pais devem saber quando dizer...

O que valorizar ?

• Iniciativa dos nossos filhos;
• Ser flexível;
• Aceitar mudanças;
• Procurar sempre se atualizar;
• Aceitar responsabilidades;
• Não esquecer nunca que o homem é um ser humano e não uma máquina (que pensa, sofre, está sujeito a pressões, etc.).

O que evitar em excesso?

• A falta de diálogo;
• O isolamento de cada um dentro da sua casa;
• Cada um com a sua TV, computador, etc.
• Não existir momentos para a família se reunir, falar uns com os outros, etc.

O que compartilhar?

• Os sonhos, os anseios, as aspirações;
• O afeto, o amor, as palavras mágicas: desculpe, por favor, obrigado, com licença, etc.;
• As tarefas domésticas: cada um contribuindo com a sua parte;
• O “é meu” ceder espaço para o “é nosso”;
• Ouvir a todos;
• Paciência.

O que harmonizar?

Devemos tentar harmonizar:

• Máquinas de mais (telefone, TV, computador, video-games);
• Relacionamentos de menos (menos momentos juntos).
E, finalmente, o que não pode faltar?
• Afeto, amor;
• Acalento;
• Toque;
• Confiança;
• Se mentirmos: rompe a confiança, rompe o diálogo, o relacionamento fica difícil e o nosso filho irá procurar fora de casa os esclarecimentos ou dúvidas que tenha;
• Acreditar na potencialidade de nosso filho;
• Nunca esquecer de aceitá-lo como ele é e não como gostaríamos que fosse;
• Educar filhos não é uma tarefa fácil;
• Paciência, respeito, compreensão e orientação são indispensáveis em todos os momentos;
• Criamos os nossos filhos para o mundo, devemos criá-los para serem felizes!

14 SUGESTÕES AOS PAIS PARA CONTRIBUIR COM A VIDA ESCOLAR DE SEU FILHO?

O início das aulas está chegando. Algumas dicas que, de algum modo, possam contribuir para um melhor acompanhamento do filho. Não existem fórmulas: cada criança é uma criança. Existem, no entanto, alguns pontos podem contribuir para a melhor manutenção da relação pai X filho. Zoega, Souza e Marinho (2004) apresentam 14 destes pontos.

Seguem as dicas:
1º – Tornar explícitos os direitos e deveres do filho: desde pequenas, as crianças devem aprender que direitos e deveres andam sempre juntos. Uns não existem sem os outros.
Existem direitos que, pelo simples fato de existir, toda criança tem – como por exemplo, o amor e cuidado dos pais. Outros, no entanto, devem ser conquistados à medida em que alguns deveres são cumpridos. Caso a criança não cumpra seu dever, ela perde um direito específico (daqueles conquistados), o qual deve ter sido acertado anteriormente. Por exemplo, os pais estabelecem que a criança deve fazer a tarefa de casa e, somente após isto, ela poderá assistir TV, jogar video-game, etc. Caso a criança não cumpra o dever combinado, ela não poderá, sob nenhuma condição ter acesso a seu direito de jogar video game, ver TV, etc.
2º – Estabelecer uma rotina organizada: rotina refere-se à definição clara e precisa do horário para a realização de cada atividade.
É importante que os pais conheçam a quantidade e tipo de tarefas da criança para que possam organizar de maneira funcional a sua rotina. Estas informações devem ser coletadas com a própria criança e também com seus professores (é importante o contato frequente dos pais com os professores). Quanto maior a clareza e quantidade de dados os pais tiverem a respeito do que a criança precisa fazer, mais fácil fica para organizar a rotina dela.
Os horários para cada tipo de atividade (estudar, jogar, comer, etc) devem ser estabelecidos e seguidos de maneira clara – hora certa pra brincar, pra comer, pra estudar, etc. Os estudos devem sempre ocupar status de prioridade – os primeiros da lista, o que diminui as chances da criança estar cansada quando for estudar. É interessante que os horários sejam combinados com a criança, respeitando suas preferências.
É interessante que os pais estabeleçam e sigam uma rotina também para sí. As crianças aprendem com muito mais facilidade através da observação.
Ambas as rotinas podem ser organizadas em um cartaz para consulta sempre que necessário, o qual deve ser fixado em algum cômodo da casa.
3º – Estabelecer limites.
Existem pesquisas que mostram que maioria dos jovens infratores são oriundos de lares onde: 1) ou a disciplina é relaxada – isto é, os pais relativizam as regras, não colocam limites; ou 2) os pais são autoritários e agressivos (GOMIDE, 2006). Para viverem em sociedade, no entanto, as crianças devem aprender que existem regras a serem cumpridas – e este aprendizado começa em casa, no respeito às regras estabelecidas pelos pais. A criança deve aprender, então, que a última palavra é sempre dos pais. Os pais não podem, sob hipótese alguma, permitir que a criança assuma o controle das regras da casa.
4º – Supervisionar Atividades.
Quanto mais jovem a criança, maior a necessidade de supervisão de suas atividades. Existem pesquisas que apontam, inclusive, que o progresso na aprendizagem escolar está diretamente ligado a supervisão e organização das tarefas do lar (MATURANA, citado por ZOEGA, SOUZA E MARINHO, 2004). Os pais devem tomar cuidado, no entanto, para não fazerem a tarefa pela criança – sob pena de ensiná-la a delegar suas próprias obrigações a outros, esquivando-se delas.
Este acompanhamento consiste em verificar se a criança cumpre seus horários, se ela realmente faz o que se propôs a fazer, etc.
5º – Dosar Adequadamente a Proteção e Incentivo à Independência.
Tarefa difícil: como saber o quanto uma criança pode ser independente e o quanto os pais ainda precisam tomar as atitudes por ela e protegê-la? A independência deve ser incentivada aos poucos, à medida em que a criança mostra-se capaz. Se os pais não permitem que a criança se exponha a certos desafios, ela jamais vai aprender a lidar com eles.
6º – Prover um ambiente com recursos e instrumentos para estudar.
O ambiente adequado para estudo envolve ausência ou quantidade mínima de ruídos, distrações, arejado, iluminado e arejado. O estado físico também é relevante. Se a criança encontra-se cansada, estressada, com sono, com fome, com medo, mais dificilmente aprenderá a matéria e o gosto pelos estudos.

7º - Estabelecer Interações Positivas.
Os castigo é uma estratégia muito usada pelos pais para que uma criança não volte a apresentar um comportamento indesejado. Existem, no entanto, dois aspectos que precisam ser mencionados: 1) fazer com que a criança deixe de se comportar de maneira adequada, não a leva, necessariamente, a aprender a comportar-se de maneira adequada; 2) castigos e punições, em geral, funcionam durante um curto período de tempo. Os pais sabem que, muitas vezes, uma criança volta a apresentar um comportamento punido em uma situação posterior (o que não sabem, é que a probabilidade dela apresentar este comportamento é maior na ausência dos pais – agentes punitivos).
Deste modo, fica claro que castigos e punições não contribuem para a aprendizagem do comportamento adequado por parte da criança (p.e.: bater nela por que ela está jogando video game ao invés de estudar não necessariamente faz com que ela faça de fato a atividade de casa, ela pode simplesmente fingir que fez para voltar a jogar). Além do mais, fazer com que a criança associe estudar com situações ou coisas desagradáveis pode, a longo prazo, fazer com que ela tenha pouco ou nenhum interesse pelos estudos.
É importante que os pais estabeleçam condições que propiciem – reforçem, no sentido de tornar “agradável” para a criança – comportar-se da maneira adequada. Marinho (citado por ZOEGA, SOUZA E MARINHO, 2004) explica que maneiras interessantes de criar estas condições, envolvem acompanhar a criança nos estudos e apresentar recompensas imediadas ao estudar (p.e.: muito bom te ver estudando e poder te ajudar); descrever o comportamento que está sendo reforçado (p.e.: se a criança capricha em alguma coisa, dizer algo como “muito bom, parabéns pela dedicação); enfim, consequências que tornem o estudo algo agradável. Todo o bom desempenho da criança deve ser elogiado e/ou gratificado, de maneira sincera, o que aumenta as chances de que a criança aprenda a gostar daquilo.
É também necessário que os pais entendam que a princípio, não há como uma criança que não gosta de estudar começar a gostar de repente. É preciso “construir o gosto” dela pelos estudos. Ela dificilmente irá gostar naturalmente de estudar. Consequências a longo prazo, como formar-se e ganhar dinheiro, não tem tanto poder sobre um comportamento da criança como consequências imediatas, como ganhar pontos em um jogo de video-game. É mais eficaz se, diante de um elogio feito aos pais por um professor ou uma boa nota em uma prova, os pais convidarem a criança para fazer algo que ela goste e não seja costume da família, especificando por que é que ela está sendo convidada para isto (p.e.: legal, gostei de sua nota. Vamos ao cinema para comemorar?).
Quando se trata de elogio, no entanto, um cuidado deve ser tomado: não é aconselhável que se faça uma crítica ou desafio junto ao elogio. Por exemplo, “gostei de sua nota, mas vamos ver se melhora, tá?”. Isto é um elogio seguido de crítica/desafio, o que desvaloriza a nota alta da criança. Fica a sensação de que o pai nunca está satisfeito. Os pais devem procurar ressaltar sempre os aspectos positivos do comportamento da criança e, na medida do possível, não punir aspectos negativos. Por exemplo, um boletim com notas variando entre 10 e 6. É mais proveitoso que, ao invés de punirem a nota 6, os pais elogiem as notas mais altas, como o 10, ou o 9.
Quando o pai vai falar para a criança de sua evolução, é necessário muito cuidado também para não compará-la a outras crianças. A comparação deve sempre ser feita com ela própria, mostrando seus resultados anteriores e os atuais. Se por acaso o rendimento tiver caído, é melhor não comparar.
8º – demonstrar afeto.
A disciplina e estabelecimento de limites e regras só são efetivos quando os pais demonstram afeto pelos filhos (ZOEGA, SOUZA E MARINHO, 2004). O afeto pode ser demonstrado através da organização de um tempo para passar com os filhos, fazendo junto a eles coisas que eles gostam e sintam prazer em fazer. É importante também que os pais demonstrem que gostam da criança independente dela obter ou não sucesso na escola. O amor deve ser incondicional.
9º – modelo adequado de envolvimento com as atividades.
A criança aprende de maneira mais eficaz quando ela vê alguém fazendo do que quando ela ouve que deve fazer. E para que ela aprenda, aquele comportamento observado deve ser consequenciado com reforço (conforme explicado no tópico 7).
Se os pais demonstram envolvimento e responsabilidade pelos estudos e/ou trabalho, mais provavelmente a criança também apresentará. Se eles apresentam gosto pela leitura e demonstram isto para a criança, mais provavelmente ela mais provavelmente apresentará também.
10º – promover diálogo.
Os pais devem ter disponibilidade para ouvir a criança, cuidando para não transformar estes momentos em monólogos onde eles apenas a questionam. Existem inúmeras pesquisas que demonstram que correlação negativa entre confiança da criança nos pais e envolvimento em atividades ilegais (GOMIDE, 2006).
11º – apresentar nível de exigência compatível com o desenvolvimento da criança.
De nada adianta cobrar da criança um desempenho o qual ela não possui condições de obter. Isto gera estresse e frustração nos pais e na criança.
12º – relacionar o teórico com a prática.
Quando os pais valorizam o que a criança aprende e conseguem relacionar aquilo com suas experiências o interesse e aprendizagem da criança são mais efetivos.
13º – incentivar o brincar e a socialização.
A criança que brinca tem um melhor desenvolvimento cognitivo, emocional e social. O dia da criança não pode se transformar em um fazer tarefas contínuo, devem existir momentos para a diversão – muitos momentos.
14º – Interessar-se pela vida do filho.
Os pais devem demonstrar interesse pela vida de seu filho em TODOS os momentos, não apenas quando este apresenta bons resultados. É importante que os pais participem das atividades que a escola do filho promove, acompanhe-o em situações onde ele gostaria de ser acompanhado, etc.

Fonte: Esequias Caetano de Almeida Neto

SOCIALIZAÇÃO E ADAPTAÇÃO DA CRIANÇA NA PRÉ-ESCOLA

* Débora Beni

Nos dias de hoje, em que a mulher assume cada vez mais atividades fora do lar, é comum as crianças irem mais cedo para a escola.
Os pais diante do fato de que a mãe precisa recomeçar a trabalhar, podem optar por deixar seu filho em um Berçário (Pré-Escola), deixar com familiares ou contratar uma babá. A escolha deve ser feita com maturidade, pois podem surgir críticas e como os pais são os responsáveis pela criança devem estar seguros de sua decisão.
A opção sendo por uma escola, os pais e familiares podem fazer uma pesquisa no bairro em que moram por uma escola que se adapte suas as expectativas ex: ( porte da escola - pequena, média ou grande - número de alunos por sala, filosofia da escola, valor da mensalidade, etc), sempre é bom uma visita pelo espaço físico e uma conversa com a direção.
As escolas de Educação Infantil - Pré-Escola oferecem serviços do Berçário ao Pré ou seja crianças de 0 a 7 anos, divididos conforme faixa etária, ou seja:
Berçário - 0 a ± 1 e 3 meses *
Maternal - ± 1 e 3m a 3 anos *
Jardim I - 3 a 4 anos*
Jardim II - 4 a 5 anos*
Pré - 5 a 7 anos *( a divisão por faixa etária pode variar conforme a escola)
A adaptação da criança está na dependência da orientação da educadora, que deverá conhecer suas necessidades básicas, suas características evolutivas e ter informações quanto aos aspectos de saúde, higiêne e nutrição infantil (todas estas informações devem ser passadas pelos pais em entrevista prévia com a direção através de anamnese). Sendo assim, a socialização da criança desenvolve-se harmoniosamente adquirindo superioridade sob o ponto de vista da independência, confiança em si, adaptabilidade e rendimento intelectual.
As atividades programadas devem basear-se em suas necessidades e interesses; crianças são ávidas para explorar, experimentar, colecionar, perguntar, aprendem depressa e desejam exibir suas habilidades.
As atividades como percepção visual, percepção visomotora e coordenação motora, percepção auditiva, linguagem oral , percepções gustativas e olfativas, percepção tátil, Educação Artística e Educação Física integram o processo de aprendizagem da criança com o processo de socialização.
Caberá à pré-escola estimular e orientar a criança, considerando os estágios de seu desenvolvimento, aceitando-a e desafiando-a a pensar. O ambiente que estimule a atividade criadora da criança, além de contribuir para o seus desenvolvimento global, estará, certamente, favorecendo a aproximação da criança à realidade escolar.
Saliento que o desenvolvimento da criança deve ser acompanhada principalmente pelos pais pois a escola é apenas um suporte facilitador para todo o processo. Os pais também devem acompanhar a rotina da criança através da agenda escolar, onde a educadora anota recados para os pais ou comunica como foi o dia da criança.
A seguir algumas informações sobre o processo de adaptação no maternal:
1 - A decisão de colocar seu filho na escola deve resultar de atitude pensada, consciente e segura;
2 - A vinda da criança para a escola deve ser preparada; entretanto, evite longas explicações para ela, pois isso pode despertar suspeitas e insegurança;
3 - A separação, apesar de necessária, é um processo doloroso tanto para a criança quanto para a mãe, mas é superado em pouco tempo;
4 - Cuidados devem ser tomados nesse período de adaptação em relação a: troca recente de residência, retirada de chupeta ou fraldas, troca de mobília do quarto da criança, perda de parente próximo ou animalzinho de estimação;
5 - O choro na hora da separação é frequente e nem sempre significa que a criança não queira ficar na escola;
6 - A ausência do choro não significa que a criança não esteja sentindo a separação. Não force com violência e ansiedade a criança a ficar na escola;
7 - Evite comentários sobre a adaptação da criança em sua presença;
8 - Cabe à mãe entregar a criança ao educador, colocando-a no chão e incentivando-a a ficar na escola. Não é recomendável deixar o educador com o encargo de retirar a criança do colo da mãe;
9 - Nunca saia escondido de seu filho. Despeça-se naturalmente.
10 - A sala de atividades é um espaço que deve ser respeitado e sua presença nela, além de dificultar a compreensão da separação, fará as outras crianças cobrarem a presença de suas mães;
11 - Incentive a criança a procurar a ajuda do seu educador quando necessitar algo, para que crie laço afetivo com ele;
12 - Lembre-se que o educador atende às crianças em grupo, procurando distribuir sua atenção, igualmente, promovendo junto com a mãe a integração da criança;
13 - Se os pais confiam na escola, sentirão segurança na separação e esse sentimento será transmitido à criança, que suportará melhor a nova situação;
14 - O período de adaptação varia de criança para criança, é único e deve ser avaliado individualmente;
15 - Evite interrogatórios sobre o dia da criança na escola;
16 - Poderão ocorrer algumas regressões de comportamento durante o período de adaptação, assim como alguns sintomas psicossomáticos (febre, vômitos etc.)
17 - É comum verificar-se nessa fase uma ambivalência de sentimentos. O desejo de autonomia da criança e a necessidade de proteção ocorrem simultaneamente.
18 - Cuidado com a aparente adaptação. Os pais devem respeitar o período estabelecido pela escola.
19 - A adaptação das crianças de período integral inicialmente deve ser feita em um turno(manhã ou tarde).
No programa de adaptação a mãe pode ficar do 1o. ao 3o. dia 2hs junto no pátio e visível à entrada da sala de atividades. No 4o. dia a mãe pode se distanciar um pouco e observar de longe e no 5o. dia ausentar-se 1 hora após a entrada. Na 2a. semana o horário deverá ser normal sem a presença da mãe.
Existem crianças que já no primeiro dia se despedem da mãe e se integram com as outras crianças, neste caso não há necessidade do programa de adaptação.
Dúvidas de Adaptação no Berçário:
No Berçário é frequente o aparecimento de sentimentos de culpa, insegurança, ansiedade e ciúmes pelo "abandono" do filho na escola. Se você estiver deprimida por esse sentimento procure discuti-lo com a Psicóloga da escola.
A grosso modo, até os sete meses não há apresentação de problemas de adaptação, pois o bebê não distingue, visualmente, a sua mãe de outros adultos estranhos, sugere-se dois ou três dias para adaptação da mãe. A partir dos 8 meses verifica-se o "estranhar" (nível de maturação que permite ao bebê distinguir a diferença visual entre o conhecido e o desconhecido). Nessa época a adaptação pode ficar mais difícil e levar alguns dias. Comece deixando-o no berçário no 1o. dia por uma hora, fique por perto observando a rotina, o ambiente e vá aumentando o tempo de permanência da criança progressivamente no 2o., 3o. dia e assim por diante até a criança ficar o período normal sem a sua presença.
Em caso de dúvidas quanto ao comportamento de seu filho ou quanto às condutas adotadas pela escola, procure a direção que estará à sua disposição para esclarecê-lo e ajudá-la sempre que necessário.