quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

EXERCÍCIO PARA A PAZ 1

Na vida nos deparamos com muitos conflitos, desde os pessoais até os sociais. Resolvê-los de forma pacífica, é um exercício diário que deve ser praticado por todos nós, para que assim, com o poder da vontade e da ação proativa possamos transformar as velhas formas do viver.

Para que tenhamos a consciência da paz, é necessário que caminhemos pela perspectiva da experiência, só aprenderemos a viver a paz, a partir do momento tivermos não somente os conhecimentos referentes a cultura da paz, mais também as vivências (ações) necessárias e apropriadas que possibilitem a ampliação da percepção da paz como uma nova possibilidade para resignificar as nossas formas de viver.

Esta será a primeira publicação com exercícios que sugiro como possibilidade de harmonização no nível pessoal, social e ambiental.

Mentalização

- Relaxe e respire profundamente, fazendo contato consigo mesmo;
- Procure lembrar-se de uma situação muito conflituosa e desafiadora vivenciada;
- Então imagine uma tela mental, como se fosse uma tela de cinema;
- Sente-se de frente para esta tela;
- Projete esta situação na tela e assista do início ao fim;
- Observe o seu comportamento mediante situação;
- Faça perguntas a si mesmo, sem julgamentos, mantendo um diálogo com o que foi visto, por exemplo: Como a situação começou? Por que começou e quais fatos a desencadearam? Para que vivenciei tal situação? Como poderia ser evitada? Como foi resolvida? O que se aprendeu dela?, etc.;
- Procure agora compreender se suas atitudes foram pela negociação, enfim, por métodos pacíficos ou agressivos e violentos;
- Agora procure procure visualizar a mesma cena de forma diferente, projetando a solução e o modo pacífico e amoroso que você gostaria que fosse resolvido, lembrando-se sempre do respeito mútuo (colocando-se no lugar do outro);
- Após a visualização positiva, respire profundamente e abra os olhos lentamente, sentindo todo o ambiente em que você se encontra no momento do exercício.

Bom exercício!

E toda vez que tiver uma situação desafiadora na sua vida, faça uso desta e de outras mentalizações que você com certeza conseguirá uma harmonia maior e boas possibilidades de resolução positiva de conflitos.

Esta mentalização também pode ser feita em situações conflituosas e desafiadoras que você terá que enfrentar em um momento futuro, é só visualizar bem antes com a força da vontade, os aspectos pacíficos e positivos que você gostaria que se realizasse mediante situação.

Nunca esqueça que o "tempo" será o nosso grande companheiro na prática destes exercícios, nunca esquecendo que o caminho para a paz é a aprendizagem, errou, não conseguiu num primeiro momento, tenta mais algumas vezes e no momento propício você conseguirá... É com os erros que aprendemos, pensemos então, se tudo na vida fosse certo, correto, perfeito, nós teríamos necessidade da aprendizagem?

Muita paz!

ATIVIDADES PARA DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DA PAZ E NÃO-VIOLÊNCIA ATIVA NAS ESCOLAS

Você sabe como educar para o desenvolvimento da Cultura da Paz e Não-Violência Ativa nas escolas?

A educação para a cultura da paz é um caminho que todo educador deve trilhar no dia-a-dia das escolas em que trabalham, mediante este contexto de violência extremada e desregramento geral da sociedade em que vivemos. Por experiência própria, posso garantir que a paz é extremamente viável, quando se tem o compromisso e o comprometimento. Os avanços tanto para os educadores e os educandos, quanto para a escola e toda a comunidade é bastante perceptível, a convivência passa a ser mais harmônica, feliz e humanizada.

Para realizar atividades que envolvam a temática da cultura da paz é preciso estar atentos a alguns príncipios que norteiam a cultura da paz:

A paz é hamonia e está dentro em nós e não fora, deve ser consentida pela força da vontade, escolha, disponibilidade e luta) e buscada na consciência perseverantemente;

Paz é ação proativa e atividade prática, nunca é inércia e apatia, devendo ser um compromisso criativo pela arte de viver a vida com paz;

Faz-se necessário trabalhar com todas as multidimensões do indivíduo em sua integralidade, o ser humano deve ser entendido como um conjunto e não um fragmento;

A paz precisa ser trabalhada como tema transversal, de forma inter e ou transdiciplinar no currículo escolar, de maneira natural e consubstancial à vida;

A pacificação pode ser trabalhada nos aspectos pessoais (paz consigo mesmo), sociais (paz com os outros e as estruturas socioculturais) e ambientais (paz com o meio ambiente que se vive);

É um processo dinâmico, contínuo e permanente, onde os indivíduos devem aprender a olhar para si e para a realidade de forma proativa, crítica, afetiva, reflexiva, etc.;

O educador deverá ser o grande exemplo para os educandos na mediação dos valores inerentes a cultura da paz e não-violência;

A arte e suas linguagens são importantes recursos para o desenvolvimento desta cultura,ajuda o homem no seu processo de humanização, desenvolvendo a sua formação comunicativa, a organização cognitiva e afetiva aprofundando a consciência de si mesmo e da realidade mundo;

Deve ser orientada numa perspectiva criativa e positiva dos conflitos, onde os indivíduos devem aprender a conviver, a dialogar e a agir pacificamente, estabelecendo relações saudáveis e harmônicas;

É importante saber que a paz está ligada as noções de desenvolvimento, justiça social, democracia e direitos humanos;

Deve-se buscar nos indivíduos o desenvolvimento dos valores humanos (paz, amor, verdade, ação correta e não-violência);

Existe um série de outros princípios...Mas é importante saber que o caminho para a construção da cultura da paz é a aprendizagem, é um exercício diário de transformação e de mudança das velhas formas do viver e para as novas formas do conviver, onde os educadores devem orientar e mediar situações em que educandos percebam novas possibilidades de compreender a arte de viver a vida com paz.

Após conhecer estes príncipios, faz-se necessário agora, buscar uma estrutura de organização das atividades para o desenvolvimento da cultura da paz e da não-violência ativa.

Penso que cada educador deve criar suas próprias formas de educar para a paz, observando as necessidades e a realidade dos educandos, dos próprios educadores e da comunidade escolar como um todo.

Partindo da minha experiência como arte-educador para a cultura da paz, geralmente o processo é participativo e colaborativo, eu discuto com os educandos possíveis temáticas e conteúdos que sejam da necessidade do grupo, depois partimos para a criação de um projeto.

A partir daí você pode definir quais objetivos conceituais, procedimentais e atitudinais para poder orientar-se e atingir resultados no projeto juntamente com seus educandos, lembre-se o trabalho com a cultura da paz é responsabilidade de todos.

Nos projetos, os conteúdos e as atividades são desenvolvidos em sequências didáticas*, cada atividade deve ser trabalhada de acordo a faixa etária de desenvolvimento cognitivo e afetivo dos educandos, seguindo um roteiro de estratégias metodológicas flexíveis, que nos ajuda a orientar de uma forma mais dinâmica os trabalhos. As estrátegias metodológicas são as seguintes:

Harmonização: para meditar, relaxar e ampliar percepções através de visualizações criativas, para oxigenar e turbinar a mente através de exercícios de respiração, geralmente realizada antes e depois do início das aulas;

Sensibilização: para a motivação dos educandos com a temática e os conteúdos apresentados;

Diagnósticação: para avaliar o nível dos conhecimentos e das informações que os alunos trazem sobre as temáticas e ou conteúdos apresentados;

Problematização: para estimular a aprendizagem, a vontade de investigação e de pesquisa e para a resolução criativa dos desafios ou problemas apresentados;

Mediação: para a mediação dos conteúdos, para o diálogo recíproco entre o educador e os educandos, é a etapa do compartilhamento, das discussões, dos questionamentos, das argumentações para que os conteúdos e ou a temática pesquisada sejam aprofundadas;

Produção ou Arte em Ação: para a prática dos conteúdos que permitam uma aprendizagem mais producente e significativa (Laboratório de Pesquisa, Produção, Reflexão, Leitura, Interpretação e Contextualização)

Avaliação (Auto-Avaliação e Avaliação Processual e Contínua): para compreender o desenvolvimento qualitativo dos educandos, do educador e também de todo o processo, observando determinados critérios elaborados em conjunto com os educandos, como: organização, criatividade, estética, pontualidade, criticidade, participação, compromisso, etc.

São bastantes vastas e diversas as atividades e as temáticas que você pode desenvolver com seus educandos dentro ou fora do ambiente escolar. Posso sugerir algumas, elas partem sempre da utilização da arte como recurso mobilizador e mediador (artes cênicas, música, artes visuais e dança):

Paz Pessoal: jogos e atividades físicas, exercícios de respiração, visualização criativa, dança, meditação, criação de mandalas, atividades teatrais (dramatização), tempestade de idéias (brainstorming), leitura, criação e interpretação de imagens, criação de textos, poesias, cartas e cartões, ilustração de texto e músicas, espiritualização e individuação, necessidades básicas, projeto de vida, atividades sensoriais, sexualidade, consciência corporal, das emoções e dos pensamentos, higiene e limpeza, atividades para o desenvolvimento do autoconhecimento, da auto-estima e auto-imagem, exercício dos valores humanos absolutos e relativos, etc.

Paz Social: atividades e dinâmicas de grupo, campanhas socioculturais de solidariedade, criação de guias de convivência, produção de vídeos, fotonovelas, criação de músicas e jingles, leitura, reflexão e interpretação de leis e documentos sobre cidadania e direitos humanos, uso das mídias tecnológicas como reflexão e produção, jogos não competitivos e cooperativos, produção de jornais, cartazes e panfletos, identidade cultural, resolução criativa dos conflitos, preconceito e discriminação, tolerância, cidadania, democracia, politização, consumismo, atividades de comunicação, etc.

Paz Ambiental: atividades que estimulem o consumo consciente, proteção, preservação, conservação e cuidados com a natureza, reciclagem, prociclagem e reaproveitamento, seleção e coleta seletiva de lixo, dissolução da fantasia da separatividade, plantar árvores e plantas, simplicidade voluntária, passeio e contato direto com a natureza, etc.

Partindo do pressuposto da atividade colaborativa, como exercício da paz, você pode postar nos comentários mais sugestões de atividades e temáticas e experiências com a construção da cultura da paz na sua escola, em sua casa, no seu trabalho ou na rua. Fique a vontade...!


*As seqüências didáticas são um conjunto de atividades ligadas entre si, planejadas para ensinar um conteúdo, etapa por etapa.

CARTILHA "A PAZ COMO SE FAZ?"

QUER SABER UM POUCO MAIS COMO CONSTRUIR A PAZ NAS ESCOLAS?



Existe uma cartilha que propõe o desenvolvimento da paz através da expressão artística, da criatividade, da aceitação do outro e do diálogo, baseando-se nos quatro pilares da Educação do Futuro (aprender a conhecer, a fazer, a viver junto e a ser) e nos seis princípios do Manifesto 2000 da UNESCO - Por uma Cultura de Paz e Não-violência (respeitar a vida, ser generoso, ouvir para compreender, redescobrir a solidariedade, rejeitar a violência e preservar o planeta), apresentando atividades modelo, seguidas de sugestões de atividades dirigidas a jovens, adaptáveis para todas as faixas etárias.

NO LINK ABAIXO, VOCÊ PODE BAIXAR GRATUITAMENTE EM PDF NO SEU COMPUTADOR, A CARTILHA "A PAZ COMO SE FAZ? - SEMEANDO A CULTURA DE PAZ NAS ESCOLAS":

http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/pol/paz_como_se_faz.pdf

NESTE OUTRO LINK ABAIXO, VOCÊ PODERÁ SOMENTE LER A CARTILHA:

http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001308/130851por.pdf


BOA LEITURA E MUITA PRÁTICA! E NÃO ESQUEÇA: A PAZ SE FAZ NO EXERCÍCIO CONSTANTE E EM NOSSO COTIDIANO!!!

PARA EDUCAR É PRECISO TER PAZ(CIÊNCIA)

NOVA LEI - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando ainda em exercício, encaminhou para o Congresso Nacional o projeto de lei que coíbe a prática do castigo físico. Para se tornar lei, ainda tem de ser aprovado pelo Legislativo e voltar para a sanção da nova presidente Dilma Rousseff, o que só deverá acontecer agora em 2011.

Numa sociedade pacífica ou pacificada esta lei não teria sentido, mas, como a nossa ainda caminha a passos lentos no processo de desenvolvimento da Cultura da Paz, esta lei passa ser aceitável. Quando nos conscientizarmos de que educar é orientar, não precisaremos mais ter que proteger a integridade física, emocional, moral, psicológica, etc... protegida por uma lei específica.

Vamos ficar atentos a este processo, pois o foco da medida é garantir ao menor de idade o direito de ser educado sem o uso de castigos corporais por parte dos pais ou responsáveis. Hoje, o ECA (Lei 8.069) condena maus tratos contra a criança e o adolescente, mas não define se os maus tratos seriam físicos ou morais.

O artigo 18 da nova lei define "castigo corporal" como "ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física, que resulte em dor ou lesão à criança ou adolescente." Para configurar a agressão, é necessário que haja testemunhas. A pena para os infratores é advertência, encaminhamento para programas de proteção à família e para tratamento psicológico.


Veja a notícia completa no link abaixo:


http://br.noticias.yahoo.com/s/09092010/25/entretenimento-educar-preciso-paciencia.html


O que você pensa sobre esta nova lei? Informe-se melhor sobre o assunto e poste a sua opinião fazendo um cometário!

EXERCÍCIO PARA A PAZ


Técnicas de Respiração para a Paz



Você já parou para observar a sua respiração?

Se você respondeu sim, provavelmente você respira bem; Mas se você respondeu não, é bom parar um pouquinho e perceber que você e a maioria de nós respiramos de forma errada.

A respiração correta garante maior saúde física, emocional, mental e espiritual. A respiração, segundo Marilu Martinelli, em seu livro Educação em Valores Humanos, "É vida, pois nosso organismo se nutre da força vital contida na corrente eletromagnética da respiração. Sem a respiração o corpo fenece, a mente não funciona e a consciência que se expressa através do corpo, mente e espírito cessa de manifestar-se na forma física".

O uso correto da respiração ajuda-nos em todos os sentidos, principalmente no melhor desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, quanto melhor for a respiração dos nossos educandos e também a nossa , melhor será o desempenho de todos, tanto na orientação e assimilação dos conhecimentos, quanto na relações (intra) interpessoais.

Segundo o médico David Frowley, ratificando a colocação explicitada anteriormente por Martinelli : "Nossa energia vem, basicamente, da respiração (...) Se o cérebro não recebe a quantidade certa de oxigênio, não temos a energia vital suficiente para nos desenvolver e mudar".

A energia vital é a força que nos impulsiona para à vida e nos dá disposição para as ações cotidianas, se queremos potencializar esta energia e contribuir para alcançar e manter a nossa saúde e bem-estar, necessitamos investir nosso tempo neste tipo de exercício.

Por isso, para que possamos respirar de forma adequada, é necessário distinguir que a respiração pode ser feita duas formas:

  • A Respiração Diafragmática (lenta, longa, profunda, constante e ritmada): é quando respiramos corretamente, utilizamos o diafragma, que é um músculo que fica situado entre a cavidade torácica e a abdominal; melhorando a saúde física, mental e emocional, ajudando a eliminar o estresse, a ansiedade, a melhorar a concentração e o sono, a purificar as células, a eliminar toxinas, a oxigenar melhor o cerébro e a melhorar a aprendizagem, elevando o estado de consciência para dar maior sensação de paz;
  • A Respiração Torácica (incompleta, curta, fracionada, instável e inconstante): é quando não respiramos com toda a nossa capacidade, utilizamos somente a parte superior do abdomem e assim comprometenos a nossa sáude física, mental e emocional, dificultando a eliminação de toxinas do organismo (intoxicação celular), provocando tensão musculares, acúmulo de gases, dor de cabeça, ansiedade, estresse, agitação, sonolência, cansaço, indisposição, doenças cardiovasculares e respiratórias, etc.

Você sabia que respirar com consciência dá maior sensação de paz?
A paz, para se estabelecer nos níveis: pessoal, social e ambiental necessita que seja aprendida, exercitada e conscientizada; sem consciência de si, da realidade e do mundo, não é possível construir a paz; Então para utilizarmos nossa energia vital de forma a potencializar as nossas realizações e contribuir para a paz consigo próprio, com os outros e com a natureza, faz-se necessário respirar conscientemente.

Pois bem, respirar com consciência é colocar a atenção no movimento do ar entrando e saindo do pulmão, respirando lenta e profundamente sempre que sentir necessidade. Separe uns dez minutos do seu dia, não importa o horário, o local, a situação - pode ser, inclusive, no pico de uma situação superestressante e começe a exercitar!


Técnica de Respiração Consciente para a Paz:

1.
Sente-se de forma confortável, com a coluna reta, para que a energia flua.;
2. Respire (inspire) profundamente, prenda o ar e expire lentamente;
3. Preste atenção no ritmo em que o ar entra e sai dos pulmões.
4. Aos poucos, vá controlando este intervalo, até que ele se torne bem espaçado;
5. Tente contar até dez enquanto inspira e, depois, quando solta a respiração, ou você pode utilizar algum tipo de mantra, como: "Eu sou Paz!" / "Aquieta-te e sabe: Vos sóis Deus!", etc;
6. Respita a operação quantas vezes for necessária, até que você sinta seu ser equilibrado e relaxado.

Quanto mais prolongadas as inalações, maior é a probabilidade de você fortalecer todo o seu corpo, controlar as emoções, acalmar a mente e fortalecer o espírito. Com isso, as preocupações, os medos, as atitudes depressivas, etc; por mais terríveis que sejam, acabam amenizadas, já que a energia passa a circular melhor por todo o organismo proporcionando bem-estar. Não se assuste caso venha a sentir um pouco de tontura, a sensação é normal, isso ocorre devido a falta de uma respiração correta e ao excesso de oxigênio que, de repente, passa a percorrer o organismo.

Outras atividades auxiliares também podem ser associados em busca de melhorias na respiração, o esporte também pode ser um grande aliado, como natação, caminhada, futebol, etc; além d e outros exercícios alternativos como: RPG, pilates, acunpultura, meditação, yoga, etc.


Bom exercício respiratório e muita paz!!!

TORNAR-SE PACIFICADOR NA ESCOLA

Nas escolas, que é o foco deste blog, para que um educador torne-se um pacificador, ele necessita ser um grande exemplo de valores e de atitudes (proativa, amorosa, pacífica e não-violenta). Somos uma referência muito importante para nossos educandos e sendo assim, poderíamos dividir responsabilidade pelo bem-estar de todos e criar juntamente com eles, estratégias diárias ou semanais para se criar um escola-sala de aula pacífica, identificando possíveis alunos que poderiam assumir a responsabilidade geral de coordenação deste empreendimento.

Mas é importante frisar que este esforço deve ser cada um de nós, não só da escola, como da família, da comunidade e autoridades políticas, porque educar para a paz exige a constante participação e investimento de todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

A forma como cada educando se relaciona consigo mesmo é a base para a sua percepção do mundo e do seu realcionamento com o próximo. Segundo Drew, em seu livro "A Paz também se aprende", a auto-estima e eu acrescento a auto-imagem quando bem direcionadas influenciam todas as ações, interações e reações, então quaisquer atividades que desenvolvam as atitudes pacificadoras os prepararão para uma relação eu e o outro muito mais saudável.

A estratégia que os educadores devem promover nestas situações, deve focar o desenvolvimento de exercícios de (auto) reflexão e de visualização das possibilidades de pacificação e desenvolvimento de atitudes de não-violência para que os educandos percebam como estabelecer uma melhor forma de respeito nos relacionamentos consigo próprio, com os demais e com a vida.

Estas atividades devem ajudá-los a promover mediações para a resolução criativa e positiva dos conflitos ao invés de reagir de forma instintiva aos acontecimentos de dentro ou de fora da escola.

A paz começa em cada indíviduo, então quando um educando está com a sua autoestima positiva e com a sua auto-imagem bem formada, ele com certeza terá as condições necessárias para tornar-se um defensor da paz e da não-violência.

Mas, quando a autoestima e a auto-imagem estão comprometidas, com reflexos vivenciados através da violência cotidiana, eles com certeza, muitas vezes utilizarão o corpo e as mãos para agredir e não para construir, porque são indíviduos que não estão felizes consigo mesmo e nem com a sua vida.

Trabalhar com atividades artísticas e de conscientização corporal, também poderão orientá-los e ajudá-los neste trabalho proativo para estabelecer a paz na escola e em suas vidas individualmente, até atingir outras esferas sociais em que eles vivem.

Muita paz!

TORNAR-SE PACIFICADOR

Você sabe como se tornar um pacificador em casa, no trabalho, na escola... enfim na sua vida?

Paz é harmonia, então para estabelecê-la nas relações intra e interpessoais e em quaisquer lugares que nos encontrarmos, a veneranda Joanna de Ângelis no livro Vida Feliz, através de Divaldo Franco, nos sugere no texto abaixo que façamos um esforço para tornarmo-nos pacificadores:

"Torna-te pacifidador.

Onde te encontres, estimula a paz e vive em paz.

Os tumultos que aturdem os homens e as lutas que se travam em toda parte poderiam ser evitados, ou pelo menos contornados, se os homens mantivessem o espíríto de boa vontade, uns para com os outros.

Uma ofensa silenciada, uma agressão desculpada, um golpe desviado, evitam conflitos que ardem em chamados de ódio.

Confia na força da não-violência e a paz enflorescerá o teu e o coração de quantos se acerquem de ti."


Segundo o dicionário "pacificador" é aquele que pacifica, com isso, para que a paz realmente floresça em nossas mentes e corações torna-se importante diferenciar a palavra pacífico de passivo.

Paz não é sinônimo de passividade, acomodação e ou inércia, como muito de nós pensamos equivocadamente, mas sim ação, proatividade, aprendizagem, transforma-ação, conquista e luta cotidiana.

Pacífico - Pacificador: é aquele indíviduo que age, atua na construção e no estabelecimento da paz, contribuíndo com a harmonia pessoal, social e ambiental,


Passivo: é aquele que não ajuda nesta construção, mas atrapalha, porque mesmo não sendo violento ou desarmônico; mesmo percebendo situações conflituosas em seu contexto, não constrói nenhuma ação pela paz.

Então, na atual situação beligerante em que nos encontramos, faz-se necessário criar e fomentar atitudes proativas para a construção e desenvolvimento da Cultura da Paz e Não-Violência Ativa em quaisquer áreas de atuação de nossas vidas!


Muita paz para todos!

Colabore conosco e nos diga quais ações você fomenta ou pretende criar para construir ou desenvolver a paz em sua casa, no trabalho, consigo mesmo, com a família, a comunidade, etc. Publique um comentário com suas sugestões!

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA PARA A PAZ


Para você compreender a importância deste livro, reproduzo o prefácio da edição brasileira, por Moacir Gadotti:

EDUCAR PARA A PAZ EM TEMPOS DE GUERRA

Esse livro, com fundamento numa filosofia do homem de­mocrático, oferece técnicas e exercícios pedagógicos para for­mar o cidadão instituinte da paz. Ele foi escrito originalmente a partir de uma sociedade de abundância, onde os traba­lhadores já conquistaram condições de cidadania elementares. Por isso, os editores se viram obrigados a processar adaptações que o tornem mais adequado à realidade brasileira. O objetivo porém é o mesmo: educar para a paz em tempos de guerra. É porque estamos em guerra que é necessário educar para a paz.

Há países em que na relação entre guerra e paz, a paz leva vantagem. Mas há outros, como o nosso, em que a guerra — não declarada — está mais presente e facilmente pode ser verificada pelo número de crianças que morrem de fome por dia, pela subnutrição, pela miséria, pela falta de moradia, pela falta de terra para trabalhar, pela falta de empregos, pela falta de saúde, educação, saneamento básico, enfim, pela falta de acesso aos mínimos direitos de vida com qualidade que uma democracia deve oferecer.

Isso me leva a dizer que a paz não é uma doação. Não se chega a ela por instinto humano. Ela é conquistada pela luta. Daí a necessidade de instrumentos de luta para a paz como esse livro. Portanto, ele não pode ser visto como obra de sonhadores, mas de promotores de utopias concretas. Isso exige constante apelo às condições reais de vida onde existe o diálogo entre os diferentes e os iguais, mas também o conflito entre antagónicos. Nas sociedades capitalistas o conflito entre capital e trabalho é o aspecto fundamental que explica a inexistência da paz, nelas, a guerra é fruto do conflito entre a produção de bens que é socialmente produzida pelos trabalhadores, mas é acumulada privadamente pelo capital.

Não se pode pedir aos despossuídos, tão numerosos entre nós, aos oprimidos, aos que não têm opções, que eles aceitem um consenso pacífico em torno de opções comunitárias, quando a comunidade de iguais não existe. Quero dizer que é necessário promover uma educação para a paz, com as técnicas e a filosofia propostas neste livro, mas é preciso recordar a passagem bíblica da relação entre a paz e a espada: para o oprimido, a luta para a paz passa pela justiça social. Isso implica inevitavelmente, o conflito social.

Este livro deve preparar para a paz, para buscarmos juntos novas soluções, uma perspectiva de paz interior e paz familiar. Porém, aceitando sempre a necessária e vital tensão, não somente existente entre pessoas que buscam superar seu inacabamento antropológico, mas, também a tensão resul­tante de uma situação estrutural de injustiça.

Este livro estimulante é também um apelo para a tolerância e o pluralismo. Mas o homem tolerante e pluralista não é aquele que, por exemplo, compra todos os produtos de um supermer­cado. Por que há produtos velhos, mofados, inúteis e supérfluos. Existem produtos que podem provocar doenças. O pluralismo é uma filosofia do diálogo. Ser pluralista significa dialogar com todas as posições. Não significa adotar a todas elas, o que não seria pluralismo, mas incoerência lógica e portanto, negação de postura ético-filosófica. Ser pluralista e tolerante e descobrir a beleza da diferença.

Toda forma de educação é política. Educar para a paz é uma proposta política-pedagógica. Uma visão funcionalista e mecanicista da educação recusaria discutir as implicações políticas da ação educativa. Educar para a paz é educar para a autonomia que significa auto-governo. O liberalismo educa­cional arcaico e autoritário visava a formar os alunos para serem meramente governados. Educar para a autonomia, segundo os princípios democráticos e populares, significa formar os alunos para serem governantes.

Enfim, é preciso entender que a perspectiva de uma harmonia progressiva indo do individual-particular para o coletiuo-uniuersal, como pretendia o fundador do taoísmo, Lao Tsé, é praticamente impossível. A paz só se obtém, dialética e contraditoriamente, na busca da justiça. As crianças e adoles­centes devem aprender isso antes de se tornarem adultos, mas não aprenderão isso se nas escolas não existir um plano mais preciso de educação para a paz.

Existe outro aspecto para o qual este livro pode contribuir: a paz nas famílias, porque é lá que as crianças aprendem muitos dos valores e práticas que realizam depois. É imperioso que este livro seja lido também pêlos pais e pelas mães. Os exercícios não podem ser apenas para os meninos. Eles devem envolver os pais, devem ser completados por eles, junto com eles. E se os pais forem analfabetos? Não se poderia imaginar outra forma de comunicação como o vídeo ou o cassete? Imbuído de um espírito democrático e com recursos a sua disposição, o educador popular saberá completar este livro.

Felicito os editores pela ideia de traduzir e adaptar esta obra que ajudará a todos nós educadores e educandos a adotar a democracia como valor fundamental para a construção de nosso futuro, deixando para trás a tradição do autoritarismo e da discriminação que tanto marcaram e ainda marcam a sociedade brasileira.

Moacir Gadotti

Professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo



Boa leitura e muita paz!

CAMINHOS PARA A CONSTRUÇÃO DA CULTURA DA PAZ NA ESCOLA



O professor em conjunto com a escola e as famílias dos educandos, com disponibilidade, abertura e força de vontade têm condições suficientes, independente dos desajustes do sistema, em contribuir para um mundo melhor, ajudando-nos a compreender que a paz é o caminho para transformarmos esta velha forma de viver, que está vem diariamente causando transtornos e prejudicando nossas vidas.

Gandhi já nos dizia que a paz é o caminho para transformarmos à vida; Maria Montessorri, seguindo o seu exemplo foi uma das primeiras e grandes educadoras a contribuir para a paz na escola, nos mostrou um desses prodigiosos caminhos, publicando um livro em 1949 (A Educação e a Paz) orientando nos que: todo educador deve respeitar a inteligência e o desenvolvimento do que há de melhor em cada educando, entendendo que este, ao estar bem consigo mesmo, poderia aprender a conviver com os demais, respeitando as diferenças, aprendendo a nos amar como irmãos em humanidades e contribuíndo para buscar soluções definitivas para a construção da paz.

Que cada um de nós, ao observarmos a nossa realidade escolar possamos analisar, refletir e descobrir qual (is) caminho (s) poderíamos estabelecer esta tão urgente e necessária cultura da paz.

Durante estes meses, estive trabalhando em uma comunidade extremamente violenta e desmotivada e consequentemente a escola também reforçava este comportamento, como tenho experiência como educador para a paz tentei aplicar todos os conhecimentos sobre o assunto que conheço. Mas, tive muitas dificuldades, principalmente de iniciar o trabalho falando diretamente com a temática da paz, não conseguia obter nenhum resultado satisfatório.

Então, mudei a estrátegia e pela primeira vez tive que trabalhar com esta temática, partindo pela da violência. Como os educandos viviam neste ambiente hostil, eles não conseguiam refletir e compreender sobre a necessidade da paz desassociados desta vivência.

Com isso, pacientemente e com atividades bastante criativas, consegui obter os primeiros resultados, despertando o interesse deles para a importância da paz para o melhoramento das relações e da resolução dos conflitos por eles vivenciados.

Um dado importante foi respeitá-los em suas dificuldades; a valorização do potencial de cada um e o incentivo para que eles refletissem sobre a importância da educação e da aprendizagem para o crescimento deles como ser humano potência de paz.

Este foi um dos caminhos que trilhei para consegui trabalhar com a paz na escola. E o seu caminho? Compartilhe a sua experiência e poste um comentário para que possamos saber qual foi a sua estratégia.

Muita paz!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

MUITA LUZ E SUCESSO PARA 2012





Rompemos mais um ano e com a alegria do dever cumprido estamos aqui para agradecer todo o carinho que recebemos ao longo do ano em nosso cotidiano profissional.
Ficaremos aqui torcendo para que em 2012 possamos concretizar sonhos e desejos.
Hoje 26 de dezembro oficiamente entramos de férias e retornaremos uma semana antes do início do ano letivo para planejarmos uma calorosa abertura de ano letivo.
Fica aqui a suadade das nossas práticas. Sucesso nessa fase merecida de férias.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

RECEITA DA FELICIDADE

Receita da Felicidade do Psicossocial

Consiste em preparar um texto como se fosse alguma receita. No caso do natal, sugiro a receita da felicidade. No lugar dos ingredientes, coloque as qualidades das pessoas do grupo. Pode começar assim:

RECEITA DA FELICIDADE.

Ingredientes:

- Aproximadamente 96 kg de Jack

- 1/4 da gordura das ancas de Neuzinha

- 1 pitada das pescadas de Marinalva

- 300 gramas da observação da Rejane

- 1/2 careca de Paulo de Tarso

- 1 litro do mel de raspadura da Marleide

- 2kg de limpeza de Irimar

- 5 gotas de atenção da Michelle

MODO DE PREPARO

Para iniciarmos nossa receita, precisaremos de uma grande quantidade da alegria da Jack e algumas pitadas do bom humor do Paulo de Tarso. Junte tudo no mesmo recipiente e mexa bastante. Em seguida, acrescente um pouco de simpatia (que iremos conseguir com o grupo todo) e organização, vinda da Rejane Maria. Aguarde alguns minutos. Depois de tudo bem misturado, para dar mais sabor, coloque a simplicidade da Marinalva, a calma da Marleide e a fé da Neuzinha. Não esqueça de adicionar algumas pitadas da animação da Jack e Paulo de Tarso e assim essa bela receita será um manjar dos deuses e que certamente fará parte da Ceia de Natal de todos os lares brasileiros.

Junte tudo isso em um liquidificador industrial e bata na velocidade 3, por 5 minutos.

Em uma forma untada de afeto, carinho e proteção leve ao forno brando por 35min. Agora é só saborear esse verdadeiro manjar dos deuses.

EU NÃO SOU VOCE. VOCÊ NÃO É EU

EU NÃO SOU VOCÊ
VOCÊ NÃO É EU


Eu não sou você.
Você não é eu.
Mas sei muito de mim
Vivendo com você.
E você, sabe muito de você vivendo comigo?
Eu não sou você
Você não é eu
Mas encontrei comigo e me vi
Enquanto olhava prá você
Na sua, minha, insegurança
Na sua, minha, desconfiança
Na sua, minha, competição
Na sua, minha, birra infantil
Na sua, minha, omissão
Na sua, minha, firmeza
Na sua, minha, impaciência
Na sua, minha, prepotência
Na sua, minha, fragilidade doce
Na sua, minha, mudez aterrorizada
E você se encontrou e se viu, enquanto
Olhava pra mim?

Eu não sou você
Você não é eu.
Mas sou mais eu, quando consigo
Lhe ver, porque você me reflete
No que ainda sou
No que já sou e
No que quero vir a ser...
Eu não sou você
Você não é eu.
Mas somos um grupo, enquanto
Somos capazes de, diferenciadamente,
Eu ser eu, vivendo com você e
Você ser mais você, vivendo comigo

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiXpa52W_Z_fvMJdfmeyvk45ipc1gguFM_09YIJCLSG3f9ceXP8UFfrLZLSkDFcYyEXKE0TU98SqTkr_ft3zpHyKXdSo6dNPoOtB2hvo3eLkK2zDBYBdqfaPswzhOFlN7cBaXWwxkRFaY/s400/margaridinhas.gif