quinta-feira, 30 de junho de 2011

AFETIVIDADE NO CONTEXTO SALA DE AULA


Alguns valores como: sentir a presença do outro, sentir-se bem, perceber o olhar, o abraço, compreender o olhar das crianças devem ser resgatados na escola.




Segundo Libâneo, os aspectos sócio-emocionais cooperam para a relação professor-aluno. Esses, de acordo com o autor, referem-se aos vínculos afetivos entre professor e alunos, bem como às normas e exigências objetivas que regem o procedimento dos alunos. Vale ressaltar que a afetividade a qual o autor assinala, não refere-se ao carinho do professor para com determinada criança. Mas uma afetividade voltada para a relação do professor em relação ao contexto grupal, de forma que o professor adote uma postura afetiva e positiva com o mesmo, onde exerça sua autoridade (não autoritarismo).




De acordo com Gadotti, alguns valores que até então são interditados na escola devem ser resgatados, tais como: sentir a presença do outro, sentir-se bem, perceber o olhar, o abraço, compreender o olhar das crianças. As boas inter-relações promovem um ambiente mais agradável e com isso possibilitam a oportunidade de um processo de ensino aprendizagem mais eficaz. Boas relações se manifestam por meio de diálogo, troca, paciência, compreensão, tolerância. Contudo, a questão das regras em sala de aula também é importante para a organização, assim como em qualquer outro contexto de convivência.




Por Patrícia Lopes


A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE EM SALA DE AULA

Os nossos educandos são cidadãos que sentiram a necessidade de retornar ao convivio escolar e assim precisam ser respeitados e considerados.


A vida não se desenvolve de forma isolada.Todas as pessoas, em qualquer parte do mundo, têm necessidade de convivencia, de expressar, de comunicar-se com seus semelhantes.


Muitos dos educandos da EJA retornam para a sala de aula por esses motivos e a aprendizagem só acontece se ouver afetividade ligada a motivação, como diz Cagligari: "Ninguém escreve ou lê sem movito, sem motivação" (1999, p.102).


Nós, educadores da EJA, precisamos ter paixão pela educação e pelos nossos educandos. E é essa paixão que mobiliza a atuar como agente do processo de transformação da sociedade, ajudando na transformação do cidadão ético e comprometido co ma vida, sua e dos outros.


Paulo Freire cita em sua Quarta Carta que: "Humildade exige coragem,confiança em nós mesmos, respeito a nós mesmos e aos outros. A amorosidade aos alunos e também ao próprio processo de ensinar.Coragem de lutar ao lado da coragem de amar.Tolerância nos ensina a conviver com o diferente, aprender com o difernete, a respeitar o diferente."


Nessa convivencia há um intercâmbio de conhecimentos e experiências vividas pelo educando e educador. Dessa forma, o educador precisa estar semrpe se aperfeiçoando, pois o ensino exige que estejamos preparados para novos desafios.


O educador da EJA aprende na mesma medida em que ensina. Com tantas mudanças e essas cada vez mais profundas e mais rápidas, exige-se uma postura de busca de entendimento do processo e a compreensão de que se deve trabalhar para a transformação do mundo, da sociedade em geral, das relações entre os homens e da relação da sociedade co ma natureza, mas também com a idéia de transformação da escola,do ensino, da aprendizagem.


A afetividade posta em prática faz com que esse processo se desenvolva de maneira exitosa e ao mesmo tempo prazerosa, pois se estabelecem laços de carinho e confiança entre educando e educador.


Autoria: Gerta Ana Dalla Rosa de Oliveira, Professora da EJA - Escola Municipal Fundamental Dr. Ruy Ramos.


Bibliografia:


GAGLIARI, Gladis Massini. A escrita na alfabetização, 1999;
FREIRE, Paulo. Quarta Carta e o Ultimo Texto.
Pedagogia da Autonomia - Saberes Necessários a prática Educativa.
Artigo Publicado em 2008 Por: SMEd - Ijuí/Rs em Cadernos SMEd - Educação de Jovens e Adultos - Programa Educação e Cidadania.

A AFETIVIDADE NA SALA DE AULA

Sabemos que no dia-a-dia nossas tarefas e atribulações sãotantas que muitas vezes, deixamos de lado a demonstração deafetividade para com nossos alunos. Lembramos de cobrar, exigir,ser autoritários ( o que , é claro, também faz-se necessário) eocultamos nossas manifestações de carinho. Sendo que aafetividade é fundamental para o desenvolvimento da auto-estima.Mas, como nos preocupar com a auto-estima de nossosalunos, se quase sempre estamos desmotivados e não conseguimosser exemplo para nossos educandos? É necessário, em primeirolugar, que sejamos pessoas confiantes. Então, estaremos iniciandoum trabalho para desenvolver o mesmo sentimento em nossos alunos.


Estar de bem consigo mesmo, acreditar no seu potencial sãosentimentos necessários para o desenvolvimento de cidadãoscríticos e participativos. Portanto, se queremos uma sociedade compessoas atuantes e auto-confiantes devemos repensar a Educação,e principalmente, nossos atos em sala de aula. O gesto de professoré muito significativo para os alunos. Um simples gesto pode trazerconfiança ou desconfiança para as atitudes discentes.Faz-se necessário criarmos um ambiente favorável para váriasdemonstrações de carinho, afeto, flexibilidade (dentro dos limites) eamizade. E assim, estaremos facilitando o desenvolvimento de umasociedade autônoma e confiante pela busca de seus ideais.

AJUDA COM ALUNO INDISCIPLINADO


É freqüente essa situação em sala de aula.


Preciso de ajuda. Tenho um aluno que tem demonstrado comportamento inadequado em sala de aula e, perante seus amigos. (2º ano ) A família se recusa a comparecer na escola, visto que sempre é chamada para ouvir reclamações por parte da direção.


Embora algumas vezes demonstre agressividade com os amigos e, até mesmo comigo, quando solicitado está pronto a auxiliar no que for preciso, me abraça e utiliza palavras carinhosas sempre que permitida uma aproximação. Em outros momentos, normalmente de conflitos em sala, grita com todos, não consegue ouvir o que temos para lhe dizer, retrucando tudo o que estamos tentando falar.


Sinto-me cansada e frustrada por não conseguir falar com ele. Os outros alunos ficam indignados com as respostas que ele me dá e, cobram uma postura de punição, visto que percebem sua falta de respeito com a professora. Respirei fundo e falei para ele que hoje conversaríamos que eu iria pensar muito sobre tudo o que aconteceu e decidiria o que faria com ele. Concluindo, queria algo que o fizesse pensar sobre suas atitudes com os amigos, pois chama os pequenos de gay, uma amiga de carrapato, bate em outros amigos e sempre se utiliza da desculpa ”Eles me irritam”, como se os amigos perseguissem ele, mas não é isso o que eu observo. Vejo que ele quer se utilizar de sua força e seu tamanho para intimidar os amigos. E eu, preciso fazer algo, não consigo mesmo ver a situação se arrastar. A família, se chamada, não comparecerá na escola. A direção, não tem nenhum tipo de trabalho educacional, onde poderia realizar algo que fizesse o aluno refletir sobre suas posturas.


Sugestão 1


Lendo o seu relato, lembrei-me de xxxxxxx. Meu amor, minha pedra no sapato, meu príncipe. Ele era um menino ignorado por todos os colegas, porque ele era insuportável mesmo.


Quando cheguei à sala, em meu primeiro dia com eles, a professora que foi apresentar-me, disse logo de cara: Aquele ali, não tem jeito não. É levado, malcriado, brigão. Tem que ficar de mãos dadas com você na hora o recreio, porque arruma logo confusão. Não deixe sair de perto de você por nada.


Eu, de cara séria, olhava de vez em quando para ele e sentia a humilhação que a criança estava passando. Não dei uma palavra sobre o assunto e comecei a minha conversa com a turma. Logo ele levantou e veio pedir para ir ao banheiro. Claro que deixei. E se ele quisesse chorar como eu ia querer, diante de tantas coisas ruins ditas. Ou ele podia querer respirar lá fora, ver o verde das árvores, sei lá. Só sei que nunca neguei o direito deles irem a hora que pedissem. A diretora tinha vontade de estrangular meu pescoço, mas nem ligava.


Aos poucos fui começando a procurar enxergar o ser humano e sempre questionando se daria tempo para que eu fizesse algo por ele. Duas vezes por semana ou até três, mandava sair para o recreio de dois em dois, só para que ele ficasse por último e então eu o chamava para perto de mim, abaixava na sua altura e carinhosamente falava com ele: Querido, vai pro recreio e mostra para todos da escola que você não precisa ficar igual neném de mãos dadas comigo, porque você sabe brincar e tomar conta dos menores. Eu confio em você porque você é meu príncipe.


Ele nunca ficou sem recreio e nunca fiquei tomando conta dele. O povo da escola dizia que eu botava maracujina para ele beber. O pessoal sabia do grande carinho que sentia por ele e nunca conseguiram dar uma bronca nele, porque sempre que aprontava ele mesmo chegava perto e falava assim: Tia aconteceu isso e quem começou foi seu príncipe. Só podia falar para ele, peça desculpas pro amigo e vá brincar. Porque meu acordo com eles era que sempre teriam que falar a verdade porque eu não poderia zangar-se. Mas se falassem mentira e eu descobrisse, a zanga seria enorme. Sempre que ele falava que não era o culpado, deixava passar e ia procurar saber por outras pessoas e sempre o que ele havia dito era a verdade.


Um dia ele teve um ataque de raiva, contra o colega da sala. Segurei-o pelo ombro e fiz com que sentasse. Pedi a ele que respirasse fundo até a raiva passar, isso tudo sem saber se daria certo. E deu certo. Desse dia em diante, sempre que ele pensava em começar uma confusão, eu só falava assim: Matheus, está precisando praticar a respiração para não piorar. Tadinho, ele respirava fundo diversas vezes e dizia depois, Tia já estou bem melhor. Sempre que tinha oportunidade, ficava abraçada com ele, acariciando as costas dele e falando bem baixinho o quanto ele era importante para mim. Tudo isso, foi criando um elo enorme entre nós.


Resolvi pesquisar a vida dele. Chorei diversas vezes com tudo que vinha de informação. Ele tinha que ser violento mesmo, porque sofria demais. Ouviu diversas vezes a mãe dizer que ele devia era morrer. Isso quando ele estava no auge de uma crise de bronquite e ela não conseguia dormir. Colocou o menino para dormir na casa da madrasta dela, onde ele não podia abrir armário, geladeira. O prato dele nunca via uma carne, um ovo. Nada disso. O irmão mais novo tinha pai. Ele nunca soube quem era o pai dele.


O pai do irmão ia à escola buscar o filho de carro, de vez em quando. Ele ia de ônibus, para o mesmo endereço. O irmão ia agasalhado. Ele de chinelo de dedo e camiseta.Fiquei com esta turma três anos, graças a Deus pude levar o aluno até o 5º ano.


Nesses três anos, ele nunca ficou sem recreio. E quando ele se despediu de mim, meu pensamento foi que tinha certeza que havia feito algo por aquela criança. E se eu tivesse pensado que era mais um e que não iria valer a pena qualquer esforço? Graças a Deus, tudo que fiz, valeu e muito. Bateu-me uma saudade dele agora...


Então, olhe para dentro da criança e enxergue o ser humano. Pensa que esse aluno, foi Deus quem colocou na sua vida, para saber se você é capaz de lidar com o diferente.


Forte abraço e continue enxergando o ser humano que cada aluno representa. É fácil dar aulas e conviver com os bonitinhos e educadinhos. Isso é fácil demais. Mas nossa jornada é de desafios.Essa é uma história que ocorre em muitas escolas.

PROJETO AFETIVIDADE EM SALA

Por muito tempo o conhecimento e emoção eram coisas distintas em sala de aula. A separação entre “razão” e “emoção” permaneceu por anos e foi muito defendida por grandes filósofos.

“As escolas deveriam entender mais de seres humanos e de amor do que de conteúdos e técnicas educativas.Elas têm contribuído em demasia para a construção de neuróticos por não entenderem de amor, de sonhos, de fantasias, de símbolos e de dores”. Claudio Saltini

OBJETIVOS
· Despertar atitudes de cooperação e respeito;senvolver a criatividade e a imaginação; · Cuidar de si e do próximo;
· Vivenciar situações de socialização e interação com a família e amigos; · Estimular a linguagem oral;
· Ampliar o vocabulário;
· Respeitar limites e obedecer a regras;
· Desenvolver o senso crítico;
· Valorizar e respeitar a individualidade dos colegas.

DESENVOLVIMENTO
· Dramatização para justificar a chegada dos bonecos (amiguinhos novos) e apresentá- los aos alunos; · Eleição do nome do(a) amigo(a) (boneco);
· Confecção de um livro para as anotações dos acontecimentos diários do(a) boneco(a);
· Reunião com os pais para conscientizá- los da importância do projeto e da efetiva participação de todos;
· Rodas de conversa com as crianças para estabelecimento de combinados com relação aos cuidados com o novo(a) amigo(a);
· Cada aluno terá o direito de levar o(a) amigo(a) para “dormir” em casa e serão orientados a zelar e cuidar do amigo e os pais de registrar tudo o que fizeram juntos naquele dia determinado.



AVALIAÇÃO

Os alunos estarão sendo avaliados globalmente durante todo o ano letivo através da observação contínua no desenvolvimento de novos hábitos em relação a si e ao próximo através dos depoimentos e relatórios diários elaborados pelos pais ou responsáveis, podendo também verificar o convívio familiar da criança e a reação da aceitação do projeto em relação aos pais.

O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO - AEE

Uma das inovações trazidas pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) é o Atendimento Educacional Especializado - AEE, um serviço da educação especial que "[...] identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas" (SEESP/MEC, 2008).O AEE complementa e/ou suplementa a formação do aluno, visando a sua autonomia na escola e fora dela, constituindo oferta obrigatória pelos sistemas de ensino. É realizado, de preferência, nas escolas comuns, em um espaço físico denominado Sala de Recursos Multifuncionais SRM. São atendidos, nas Salas de Recursos Multifuncionais, alunos público-alvo da educação especial, conforme estabelecido na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e no Decreto N.6.571/2008.


Alunos com deficiência: aqueles [...] que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas (ONU, 2006).


Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo .(MEC/SEESP, 2008).


Alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles que demonstram potencial elevado em qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica,liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentar grande criatividade, envolvimento na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse (MEC/SEESP, 2008).


Para oferecer as melhores condições possíveis de inserção no processo educativo formal,o AEE é ofertado preferencialmente na mesma escola comum em que o aluno estuda.Uma aproximação do ensino comum com a educação especial vai se constituindo à medida que as necessidades de alguns alunos provocam o encontro, a troca de experiências e a busca de condições favoráveis ao desempenho escolar desses alunos.Ao professor da sala de aula comum é atribuído o ensino das áreas do conhecimento, e ao professor do AEE cabe complementar/suplementar a formação do aluno com conhecimentos e recursos específicos que eliminam as barreiras as quais impedem ou limitam sua participação com autonomia e independência nas turmas comuns do ensino regular.A organização do Atendimento Educacional Especializado considera as peculiaridades de cada aluno.


Alunos com a mesma deficiência podem necessitar de atendimentos diferenciados.Por isso, o primeiro passo para se planejar o Atendimento não é saber as causas, diagnósticos, prognóstico da suposta deficiência do aluno. Antes da deficiência, vem a pessoa, o aluno, com sua história de vida, sua individualidade, seus desejos e diferenças.Há alunos que freqüentarão o AEE mais vezes na semana e outros, menos. Não existe um roteiro, um guia, uma fórmula de atendimento previamente indicada e, assim sendo, cada aluno terá um tipo de recurso a ser utilizado, uma duração de atendimento, um plano de ação que garanta sua participação e aprendizagem nas atividades escolares.Na organização do AEE, é possível atender aos alunos em pequenos grupos, se suas necessidades forem comuns a todos. É possível, por exemplo, atender a um grupo de alunos com surdez para ensinar-lhes LIBRAS ou para o ensino da Língua Portuguesa escrita.Os planos de AEE resultam das escolhas do professor quanto aos recursos, equipamentos, apoios mais adequados para que possam eliminar as barreiras que impedem o aluno de ter acesso ao que lhe é ensinado na sua turma da escola comum, garantindo-lhe a participação no processo escolar e na vida social em geral, segundo suas capacidades. Esse atendimento tem funções próprias do ensino especial, as quais não se destinam a substituir o ensino comum e nem mesmo a fazer adaptações aos currículos, às avaliações de desempenho e a outros. É importante salientar que o AEE não se confunde com reforço escolar.O professor de AEE acompanha a trajetória acadêmica de seus alunos, no ensino regular,para atuar com autonomia na escola e em outros espaços de sua vida social. Para tanto, é imprescindível uma articulação entre o professor de AEE e os do ensino comum.Na perspectiva da inclusão escolar, o professor da Educação Especial não é mais um especialista em uma área específica, suas atividades desenvolvem-se, preferencialmente, nas escolas comuns, cabendo-lhes, no atendimento educacional especializado aos alunos, público-alvo da educação especial, as seguintes atribuições:

a) identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de acessibilidade e estratégias, considerando as necessidades específicas dos alunos de forma a construir um plano de atuação para eliminá-las (MEC/SEESP, 2009).

b) Reconhecer as necessidades e habilidades do aluno. Ao identificar certas necessidades do aluno, o professor de AEE reconhece também as suas habilidades e, a partir de ambas, traça o seu plano de atendimento. Se ele identifica necessidade de comunicação alternativa para o aluno, indica recursos como a prancha de comunicação, por exemplo; se observa que o aluno movimenta a cabeça, consegue apontar com o dedo, pisca, essas habilidades são consideradas por ele para a seleção e organização de recursos educacionais e de acessibilidade. Com base nesses dados, o professor elaborará o plano de AEE, definindo o tipo de atendimento para o aluno, os materiais que deverão ser produzidos, a freqüência do aluno ao atendimento, entre outros elementos constituintes desse plano. Outros dados poderão ser coletados pelo professor em articulação com o professor da sala de aula e demais colegas da escola.

c) Produzir materiais tais como textos transcritos, materiais didático-pedagógicos adequados, textos ampliados, gravados, como, também, poderá indicar a utilização de softwares e outros recursos tecnológicos disponíveis.

d) Elaborar e executar o plano de AEE, avaliando a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos educacionais e de acessibilidade (MEC/SEESP, 2009). Na execução do plano de AEE, o professor terá condições de saber se o recurso de acessibilidade proposto promove participação do aluno nas atividades escolares. O plano, portanto, deverá ser constantemente revisado e atualizado, buscando-se sempre o melhor para o aluno e considerando que cada um deve ser atendido em suas particularidades.

e) Organizar o tipo e o número de atendimentos (MEC/SEESP, 2009). O professor seleciona o tipo do atendimento, organizando, quando necessários, materiais e recursos de modo que o aluno possa aprender a utilizá-los segundo suas habilidades e funcionalidades. O número de atendimentos semanais/mensais varia de caso para caso. O professor vai prolongar otempo ou antecipar o desligamento do aluno do AEE, conforme a evolução do aluno.

f) Acompanhar a funcionalidade e a aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros ambientes da escola (MEC/SEESP, 2009).

O professor do AEE observa a funcionalidade e aplicabilidade dos recursos na sala de aula, as distorções, a pertinência, os limites desses recursos nesse e em outros ambientes escolares, orientando, também, as famílias e os colegas de turma quanto ao uso dos recursos.O professor de sala de aula informa e avalia juntamente com o professor do AEE se os serviços e recursos do Atendimento estão garantindo participação do aluno nas atividades escolares. Com base nessas informações, são reformuladas as ações e estabelecidas novas estratégias e recursos, bem como refeito o plano de AEE para o aluno.

g) Ensinar e usar recursos de Tecnologia Assistiva, tais como: as tecnologias da informação e comunicação, a comunicação alternativa e aumentativa, a informática acessível, o soroban, os recursos ópticos e não ópticos, os softwares específicos, os códigos e linguagens, as atividades de orientação e mobilidade (MEC/SEESP, 2009).

h) Promover atividades e espaços de participação da família e a interface com os serviços de saúde, assistência social e outros (MEC/SEESP, 2009). O papel do professor do AEE não deve ser confundido com o papel dos profissionais do atendimento clínico, embora suas atribuições possam ter articulações com profissionais das áreas da Medicina, Psicologia,Fisioterapia, Fonoaudiologia e outras afins. Também estabelece interlocuções com os profissionais da arquitetura, engenharia, informática.No decorrer da elaboração e desenvolvimento dos planos de atendimento para cada aluno, o professor de AEE se apropria de novos conteúdos e recursos que ampliam seu conhecimento para a atuação na Sala de Recursos Multifuncional.

São conteúdos do AEE: Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS e LIBRAS tátil; Alfabeto digital; Tadoma; Língua Portuguesa na modalidade escrita; Sistema Braille; Orientação e mobilidade; Informática acessível; Sorobã (ábaco); Estimulação visual; Comunicação alternativa e aumentativa - CAA; Desenvolvimento de processos educativos que favoreçam a atividade cognitiva.

São recursos do AEE: Materiais didáticos e pedagógicos acessíveis (livros, desenhos, mapas, gráficos e jogos táteis, em LIBRAS, em Braille, em caracter ampliado, com contraste visual, imagéticos, digitais, entre outros); Tecnologias de informação e de comunicação (TICS) acessíveis (mouses e acionadores, teclados com colméias, sintetizadores de voz, linha Braille, entre outros); e Recursos ópticos; pranchas de CAA, engrossadores de lápis, ponteira de cabeça, plano inclinado, tesouras acessíveis, quadro magnético com letras imantadas, entre outros.O desenvolvimento dos processos de ensino e de aprendizagem é favorecido pela participação da família dos alunos.

Para elaborar e realizar os Planos de AEE, o professor necessita dessa parceria em todos os momentos. Reuniões, visitas e entrevistas fazem parte das etapas pelas quais os professores de AEE estabelecem contatos com as famílias de seus alunos, colhendo informações, repassando outras e estabelecendo laços de cooperação e de compromissos.As parcerias intersetoriais e com a comunidade onde a escola está inserida estão entre as prioridades do Projeto Político Pedagógico, pois a educação não é apenas uma área restrita aos órgãos do sistema educacional. Elas aparecem nas ações integradas da escola com todos os segmentos da sociedade civil e da sociedade política dos Municípios e Estados com as escolas.

Bibliografia


Ropoli, Edilene Aparecida.A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar : a escola comum inclusiva /Edilene Aparecida Ropoli ... [et.al.]. - Brasília :Ministério da Educação, Secretaria de EducaçãoEspecial ; [Fortaleza] : Universidade Federal doCeará, 2010. v. 1. (Coleção A Educação Especial naPerspectiva da Inclusão Escolar)

AFETIVIDADE EM SALA DE AULA




Atualmente, muito se tem discutido e debatido sobre educação, e, com ela abre-se os debates para as questões afetivas estimulando e promovendo a aprendizagem.
Segundo o dicionário de Língua Portuguesa, afetividade significa um conjunto de fenômenos psíquicos que manifestam sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor, insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza.
O afeto, palavra que se origina do latim (afetar, tocar) é o elemento básico da afetividade, apresenta-se como manifestações dos sentimentos e se desenvolve na interação com o outro.
É através desta interação que o indivíduo recebe e doa afeto e, consequentemente, manifesta seus sentimentos.
No aspecto pedagógico, as relações afetivas que são estabelecidas entre professor e aluno criam um “campo” ou “vínculo” que estimulará e fornecerá condições para o desejo de aprender, sejam quais forem os conteúdos.
É através do vínculo estabelecido nesta relação, que o aluno transferirá ao professor seus valores e sentimentos, colocando-o em uma aura especial, como um ser especial, uma autoridade.
Diante disto, então, percebe-se que o professor ocupa um lugar de extrema importância nesta relação, pois cria situações afetivas objetivando, não só promover a aprendizagem, mas ajudar o aluno a desenvolver-se em um ambiente de confiança, segurança e respeito.
Para tal, este professor deve abrir-se para que as situações afetivas aconteçam em sala de aula, escutando, tocando, olhando, estimulando, respeitando e dialogando com seus alunos e alunas.
Muitas pessoas confundem afetividade com “melosidade”. Diferentemente deste, afetividade é o compromisso docente, é a preocupação com o aluno, é o bem querer, é o comprometimento com uma educação que forme o indivíduo para viver e conviver na sociedade de forma autônoma.
O professor que permite que o afeto flua no ambiente da sala de aula, compromete-se com o desenvolvimento global de seu aluno e que, refletirá em toda a existência deste aluno(ser na essência e sujeito em formação).
Na relação professor e aluno perpassam muito mais que conteúdos pré estabelecidos, transitam valores, sonhos, estímulos, sentimentos, alegria... e o professor de posse do reconhecimento que os vínculos afetivos promovem, oportuniza o desenvolvimento do autoconceito positivo deste aluno e, com isto, potencializa seu sentimento de competência.




FLÁVIA SAMPAIO

Especialista em Intervenção Cognitiva e Aprendizagem Mediada pelo ICELP de Israel, Especialista em Gestão Escolar, Pedagoga, Professora de Cursos de Pós Graduação, Colunista e palestrante.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

ARRAIÁ DO ALÍRIO É FANTÁSTICO!













Nas festanças de São João
Pra quem gosta de brincar
O Arraiá do Alírio
É o melhor Arraiá
Entre todos que se fazem
Nas escolas do lugar.

Aqui tem animação
Tem fofoca de primeira
Tem risadas com fartura
Simpatia e brincadeira
Tem artista e detetive
Que põe lenha na fogueira.

Tem secretária animada
Diretora que não (se) cansa
Supervisora simpática
Festeira e sem aliança
E professor engraçado
Que dança porque não dança.

Tem cabra muito animado
Que pra se casar tem sorte
E mora ali bem perto
No Rio Grande do Norte
O Arraiá do Alírio
Wanderley é muito forte!

Arraiá igual ao nosso
Inda não foi inventado
E se alguém inventar
Não vai ser tão animado
Porque sem nós o que é
Que vai dar bom resultado.

Quando a família é unida
Nada dá errado, não!
Hoje a "família Alírio"
De novo mostra união
Bate palmas, bebe e dança
Comemorando o São João.

Antônio Mota .

terça-feira, 14 de junho de 2011

CRECHE SANTINA DE GELO REALIZA VISITA NA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO



Em ritmo de muita animação os pimpolhos da Creche Municipal Santina de Gelo realiza visita na tarde dessa terça-feira (14) para alegria de todos que estavam na Secretaria.



Alunas da quadrilha do Arraiá da Santina de Gelo esperando o momento da animada quadrilha no pátio central da Secretaria Municipal de Educação.




Parabéns a diretora Cristiane Moreira de Araújo Alves, a adjunta, Genilda Alves de Sousa, a supervisora, Joaciara Souza Monteiro e toda a equipe de professoras pelo brilhantismo nas apresentações das danças típicas.



EDUCAR PARA FAZER MELHORES ESCOLHAS

Num mundo mais complexo e onde há tantas possibilidades em todos os campos, pessoais e profissionais, precisamos fazer cada vez mais escolhas. A educação pode ser um caminho fundamental para ter condições de fazer escolhas mais significativas no campo intelectual, emocional, profissional e social na construção de uma vida mais plena de sentido e realização.A finalidade principal de aprender não é acumular informação, mas transformá-la em conhecimento que permita fazer opções interessantes entre idéias, valores, visões de mundo, com freqüência conflitantes. Esse papel mais amplo não pode ser atribuído somente à escola, mas também à família, à cada instituição, à cidade como um todo (cidade educadora). Mas a escola tem focado mais a formação intelectual do que a vivência das práticas aprendidas; isto é, se preocupa em mostrar caminhos, sem acompanhar os resultados concretos (a realização pessoal, profissional, emocional). De que adianta saber muito, se somos infelizes, se temos dificuldades em assumir desafios, em sair de situações de opressão em alguns campos?A educação - na sua dimensão pessoal - pode contribuir para que façamos escolhas significativas na construção de uma vida com sentido, que nos realize, que tenha valor aos nossos olhos e aos de outras pessoas. É fundamental construir um percurso de vida que valha a pena, que nos traga cada vez mais realização e que seja motivo de orgulho: realizamos algumas coisas interessantes: "contribuí para melhorar a vida de centenas de alunos", ou "criei uns filhos que estão aprendendo a seguir seu caminho".... Uma das maiores frustrações das pessoas é constatar que não construíram algo de que se orgulhem e que os realize, que deixaram passar o tempo e se acomodaram na mediocridade.Podemos analisar o impacto da educação, a longo prazo, pela facilidade maior ou menor em enfrentar dificuldades, em fazer escolhas mais interessantes para nossa vida, na capacidade de modificar o que nos prende, o que nos complica na vida profissional, familiar, social; na constatação de que construímos uma vida que faz sentido e nos realiza.Um dos campos mais importantes da educação pessoal é conseguir discernir o que vale a pena manter das visões de mundo que nos foram transmitidas pelos nossos pais e educadores na infância. Recebemos muitos valores prontos, formas de enxergar o mundo muito específicas. É importante ter condições de rever o que faz sentido depois que vamos crescendo e libertar-nos de muitos medos, preconceitos, deturpações, simplismos, que nos foram passados, muitas vezes com a melhor das intenções. Educar é ajudar a desconstruir o que não nos serve mais e reconstruir de forma mais ampla valores, emoções, visões de mundo mais condizentes com o nosso grau de percepção atual.Muitos ficam tolhidos pelo medo, pela inércia, pelo comodismo de não pensar criticamente. Num mundo cada vez mais complexo, de brutais mudanças, mas onde há muitos valores que nos complicam (como o consumismo, o mostrar-se diferente do que se é) a educação humanista, integral, profunda é decisiva para ajudar a crescer na nossa realização pessoal, familiar, profissional e social.

TODOS SOMOS EDUCADORES

Num sentido amplo, todos somos educadores.

Somos "educadores",porque ensinamos- consciente ou inconscientemente -formas mais ou menos interessantes de viver,que podem servir de estímulo para evoluirou de pretexto para manter-se na mediocridade.

Somos educadores,quando vamos nos construindocomo pessoas melhores, mais equilibradas, mais competentes profissionalmente, emocionalmente, socialmente.

Somos educadores de nós mesmos,se vivemos cada etapa da vida com coerência, aprendendo a lidar com nossas dificuldades, contradições, defeitos, e avançamos, no ritmo possível, tornando-nos pessoas mais afetivas, engajadas, realizadas.

Somos educadores, quando contribuímos para motivar as pessoas que estão perto de nós, quando transmitimos esperança, quando ensinamos valores humanizadores, principalmente pelas nossas ações.

Somos educadores, quando construímos uma trajetória pessoal, familiar, profissional e social digna, crescente e rica em todas as dimensões.

Muitos não acreditam no seu potencial de crescimentoe, infelizmente, se perdem ou se contentam com uma vida superficial, consumista, autocentrada e insignificante. Vale a pena - ao olhar para nossa vida, tão rápida e insegura –constatar que está valendo a pena, que nosso saldo é positivo, que não nos contentamos simplesmente em sobreviver, que nos realizamos cada vez mais- com problemas e contradições -como pessoas mais abertas, humanas e atuantes socialmente.

O GRANDE PROJETO DA NOSSA VIDA

O grande projeto da nossa vida é construir-nos como pessoas realizadas, interessantes, produtivas, afetivas. Uma construção contínua, com contradições, mas constante nesse objetivo maior que é humanizar-nos, evoluir sempre mais, fazer melhores escolhas, viver uma vida mais livre e realizadora.
É fascinante aprender os caminhos para a realização afetiva e profissional, para o equilíbrio entre o pessoal e o social, para fazer escolhas mais significativas em cada etapa das nossas vidas.
Observo que muitos procuram objetivos bem diferentes. Cada um deles pode ser interessante. Mas se falta essa dimensão integradora, poderemos crescer de forma desequilibrada, torta. É fascinante encontrar pessoas que transmitem paz, alegria ao seu redor, cujo contato inspira, estimula, ensina. Entristece, por outro lado, conviver com tantas pessoas desbalanceadas, que cresceram muito em algumas dimensões e tão pouco em outras.
É utopia ser feliz, viver em paz? Não é utopia, é um processo de construção constante, de avaliação permanente, de aprendizagem constante, de evolução integradora, com idas e vindas e contradições, mas com direção firme, segura e suave no rumo de níveis crescentes de liberdade e de realização.
Num mundo tão complexo, com mensagens tão contraditórias que valorizam o ter sobre o ser, a aparência sobre a realidade, fingir mais do que se expor, vale a pena trilhar o percurso aparentemente mais difícil da busca da paz, do equilíbrio interior, da vida eivada de afeto, da convivência carinhosa com as pessoas mais próximas.
Pode ser um discurso menos impactante do que o de receitas milagrosas, mas é o maior dos nossos desafios e que vale a pena encará-lo sem parar: construir-nos como pessoas abertas, mais livres e realizadas em cada etapa da nossa vida.

A AFETIVIDADE NA RELAÇÃO PEDAGÓGICA

A educação, como as outras instituições, tem se baseado na desconfiança, no medo a sermos enganados pelos alunos, na cultura da defesa, da coerção externa. O desenvolvimento da auto-estima é um grande tema transversal. É um eixo fundamental da proposta pedagógica de qualquer curso. Este é um campo muito pouco explorado, apesar de que todos concordamos que é importante. Aprendemos mais e melhor se o fazemos num clima de confiança, de incentivo, de apoio, de auto-conhecimento. Se estabelecemos relações cordiais, de acolhimento para com os alunos, se nos mostramos pessoas abertas, afetivas, carinhosas, tolerantes e flexíveis, dentro de padrões e limites conhecidos. “Se as pessoas são aceitas e consideradas, tendem a desenvolver uma atitude de mais consideração em relação a si mesmas”[1].
Temos baseado a educação mais no controle do que no afeto, no autoritarismo do que na colaboração. “Talvez o significado mais marcante de nosso trabalho e de maior alcance futuro seja simplesmente nosso modo de ser e agir enquanto equipe. Criar um ambiente onde o poder é compartilhado, onde os indivíduos são fortalecidos, onde os grupos são vistos como dignos de confiança e competentes para enfrentar os problemas - tudo isto é inaudito na vida comum. Nossas escolas, nosso governo, nossos negócios estão permeados da visão de que nem o indivíduo nem o grupo são dignos de confiança. Deve existir poder sobre eles, poder para controlar. O sistema hierárquico é inerente a toda a nossa cultura”.[2]
A afetividade é um componente básico do conhecimento e está intimamente ligado ao sensorial e ao intuitivo. A afetividade se manifesta no clima de acolhimento, de empatia, inclinação, desejo, gosto, paixão, de ternura, da compreensão para consigo mesmo, para com os outros e para com o objeto do conhecimento. A afetividade dinamiza as interações, as trocas, a busca, os resultados. Facilita a comunicação, toca os participantes, promove a união. O clima afetivo prende totalmente, envolve plenamente, multiplica as potencialidades. O homem contemporâneo, pela relação tão forte com os meios de comunicação e pela solidão da cidade grande, é muito sensível às formas de comunicação que enfatizam os apelos emocionais e afetivos mais do que os racionais.
A educação precisa incorporar mais as dinâmicas participativas como as de auto-conhecimento (trazer assuntos próximos à vida dos alunos), as de cooperação (trabalhos de grupo, de criação grupal) e as de comunicação (como o teatro ou a produção de um vídeo).
Na educação podemos ajudar a desenvolver o potencial que cada aluno tem, dentro das suas possibilidades e limitações. Para isso, precisamos praticar a pedagogia da compreensão contra a pedagogia da intolerância, da rigidez, a do pensamento único, da desvalorização dos menos inteligentes, dos fracos, problemáticos ou “perdedores”.
Praticar a pedagogia da inclusão. A inclusão não se faz somente com os que ficam fora da escola. Dentro da escola muitos alunos são excluídos pelos professores e colegas. São excluídos quando nunca falamos deles, quando não os valorizamos, quando os ignoramos continuamente. São excluídos quando supervalorizamos alguns, colocando-os como exemplos em detrimento de outros. São excluídos quando exigimos de alunos com dificuldades de aceitação e de relacionamento, resultados imediatos, metas difíceis para eles no campo emocional.Há uma série de obstáculos no caminho: a formação intelectual valoriza mais o conteúdo oral e textual, separando razão e emoção. O professor não costuma ter uma formação emocional, afetiva. Por isso, tende a enxergar mais os erros que os acertos. A falta de valorização profissional também interfere na auto-estima. Se os professores não desenvolvem sua própria auto-estima, se não se dão valor, se não se sentem bem como pessoas e profissionais, não poderão educar num contexto afetivo. Ninguém dá o que não tem. Por isso, é importante organizar atividades com gestores e professores de sensibilização e técnicas de auto-conhecimento e auto-estima. Ter aulas de psicologia para auto-conhecimento e especialistas em orientação psicológica. Ações para que alunos e professores desenvolvam sua autoconfiança, sua auto-estima; que tenham respeito por si mesmos e acreditem em si; que percebam, sintam e aceitem o valor pessoal e o dos outros . Assim será mais fácil aprender e comunicar-se com os demais. Sem essa base de auto-estima, alunos e professores não estarão inteiros, plenos para interagir e se digladiarão como opostos, quando deveriam ver-se como parceiros.

O AFETO NA EDUCAÇÃO

Falar de Afeto na Educação é falar da importância de se atentar para a qualidade de relações que se estabelecem entre professores e alunos e entre professores e as demais equipes da Escola.
Tendo como base um olhar fenomenológico e holístico do mundo e dos seres humanos, além de conceitos da Teoria Sistêmica, enfocar a importância do afeto na Educação é ampliar os conceitos tradicionais cartesianos e os ainda tão validados de causa e efeito, e defender uma visão humanística-existencial mais ampla e a crença de que crescemos, nos descobrimos e aprendemos apenas em relação. Viver é "estar e ser com".
Não se questiona mais que a afetividade acompanha o ser humano desde a sua vida intra-uterina, até a sua morte, se manifestando como uma fonte geradora de potência e energia, e sendo o alicerce sobre a qual se constrói o conhecimento racional.
O que se coloca como fundamental é a importância de perceber o ser humano como um todo, onde sentimento-corpo-razão têm um significado muito maior do que dentro de um enfoque analítico e segmentado de cada parte, além de vê-lo como "um ser em relação" cuja realidade é construída no convívio com os demais, sendo ele, portanto, o responsável pela realidade que constrói.
Sendo assim, o professor não pode ser visto nem se conformar em ser apenas aquele que ensina e que prepara provas e aulas. Ele é, num enfoque holístico, antes de tudo, aquele cuja função primeira é educar e aprimorar o aluno como pessoa humana.
O professor traz dentro dele toda uma história de vida, todas as influências de seu grupo sócio-econômico, crenças e mitos familiares de pelo menos três gerações, as influências do clima de trabalho que vivencia, sua relação com colegas de trabalho, seu estado emocional, quando entra em sala-de-aula.
Por isso a importância de o professor também se avaliar e atentar para o que lhe pertence e que pode estar interferindo na relação com seus alunos e no modo como está exercendo seu papel de educador.
Seguindo este enfoque, a aluno também não é só aquele que aprende e é capaz de repetir o que lhe é ensinado. Como declara Charlot:
“Um aluno não é apenas uma criança de tal família, não é apenas o membro de um grupo sócio-cultural. Ele é também sujeito, com uma história pessoal e escolar. É um aluno que encontrou na escola tais professores, tais amigos, tais aulas, e que teve surpresas boas e más. É uma criança cujos pais disseram que o que se aprende na escola é muito importante para a vida ou, ao contrário, que não serve para nada. É uma criança que tem irmãos e irmãs ou não, que são bem-sucedidos na escola ou não, e que podem ajudar a criança ou não, etc..."
Sendo assim, o ensinar é um processo basicamente relacional, onde tanto o professor, como a escola, o meio social, e não só o aluno, são responsáveis pelo seu desenvolvimento, sucesso ou fracasso.
Como se relacionar bem sem afeto? Como se relacionar sem considerar sentimentos, desejos e necessidades, de ambos os lados: daquele que educa e daquele que é educado?
A verdade é que, embora o professor tenha alto nível intelectual e grande conhecimento de sua matéria, a maneira como ele se relaciona com seus alunos será a chave do sucesso da transmissão do que ensina.
Respeito pelas diferenças, abandono de pré-conceitos, vontade de aprender e não de exercer poder, saber ouvir, equilíbrio emocional, coerência, clareza de objetivos, saber elogiar em lugar de priorizar os erros, todos são ítens fundamentais na construção de uma relação afetuosa do professor com seus alunos.
Elisabeth Salgado

EMEF ANTÔNIO GUEDES VISITA A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

Na manhã dessa terça-feira (13) o pátio da Secretaria Municipal de Educação recebeu com muita animação a visita da unidade localizada no setor Jatobá, EMEF Antônio Guedes.

Com trajes típicos os alunos que integram a unidade representaram com muita autenticidade a cultura local com apresentações de danças e brincadeiras de roda.

Com certeza esse momento ficará marcado para todas essas crianças do fundamental I que se fizeram presentes na visita e no passeio pelos recantos da cidade.

A todos que fazem parte da EMEF Antônio Guedes o nosso muito obrigado e parabéns pela iniciativa.


Setor Psicossocial.






segunda-feira, 13 de junho de 2011

AVALIAÇÃO


Antes a avaliação servia para classificar, castigar, definir o destino dos alunos de acordo com as normas escolares, tinha uma função seletiva e de exclusão.Isso contribuía muito para o fracasso escolar,pois a nota é determinante para o sucesso ou o insucesso.Porém a nota que o aluno recebe nem sempre representa aquilo que ele aprendeu,por isso ela não deve ser usada como um conceito.
A função da avaliação não é apenas observar criticamente uma situação passada, mas, sobretudo, ajudar a interferir em uma situação em curso ou que está sendo planejada.

Funções da avaliação

· Selecionar

Selecionar é uma forma de avaliar que valoriza as pessoas que melhor expressam ou se ajustam a certos critérios definidos como fundamentais para determinadas tarefas.
Precisamos ver aquilo que fazemos no dia-a-dia na perspectiva de uma avaliação seletiva porque, mesmo que a posição da seleção tenha mudado,ela continua fundamental na escola.
“ Por mais que se queira incluir,muitas vezes, mesmo sem ser esta a nossa vontade, praticamos a pior das exclusões que é excluir com aparência de inclusão”

· Diagnosticar

A lógica do diagnóstico é a da dependência entre uma causa e um efeito pretendido ou observado.Deve-se saber diagnosticar uma situação para melhor resolvê-la .

· Antecipar

A avaliação antecipatória possibilita orientar ou regular para uma certa direção ou meta buscada.

· Orientar

Tal função é valiosa, pois atribui ao professor um duplo papel mediador: aquele que promove a relação entre a criança e o conhecimento escolar e aquele que intervém , usando recursos e praticas escolar, promovendo o desenvolvimento e a aprendizagem da criança em uma certa direção.

· Certificar

A certificação é aquele momento tão esperado por todos nós em que o aluno recebe da escola , do professor, um certificado, um diploma, uma festa, algo que indica que ele completou minimamente certas exigências para uma formação.

· Regular

A avaliação como regulação ajuda a rever metas, verificando se foram muito pretensiosas. Ela dá esperança, porque permite intervir positivamente em favor daquilo que se deseja alcançar.

MOTIVAÇÃO ESCOLAR


Os profissionais da educação, quando pensam numa sala de aula, buscam logo as soluções que sejam mais interessantes e viáveis para que os alunos tenham interesse e participação quanto aos conteúdos abordados.
Sabemos que existem as grades curriculares com conteúdos adequados a cada série, que acabam dificultando o fazer do professor quanto à elaboração de uma temática onde todos esses possam se encaixar. Isso realmente seria impossível, mas o professor deve planejá-los e organizá-los de acordo com o centro de interesse da turma, de forma interdisciplinar, buscando uma fusão desses conteúdos. Pode-se, por exemplo, numa aula de ciências, fazer experiências concretas, como uma receita de bolo, mostrando o processo de mistura, fermentação e após, solicitar que os alunos façam uma produção de texto do trabalho realizado, para avaliar os aspectos de linguagem escrita, gramática, vocabulário, criatividade e desenvoltura em português.

Os temas da atualidade se tornam mais interessantes para as séries do ensino fundamental, como aquecimento global, poluição, preservação do meio ambiente, biocombustível, dentre vários outros. Já os conteúdos antigos, como os de história, podem ser resgatados e comparados ao mundo moderno.
É importante que o professor promova espaços para pesquisas, discussões em grupo, montagem de painéis referente aos temas, maquetes, enfim, tudo aquilo que se tornar centro de interesse dos alunos, podendo aprofundar o estudo e o conhecimento a cada dia. E que esses materiais sejam acumulados podendo tornar-se ponto de culminância do estudo, em uma feira ou mostra científico-cultural.
Com certeza, com essa abertura, o sucesso acontecerá, pois um grupo ativo, motivado e envolvido produz muito mais do que os acostumados à passividade.

"Um conceito utilizado no estudo da motivação e, que também aparece no estudo da motivação para a aprendizagem escolar é o de motivação intrínseca e extrínseca. Um aluno extrinsecamente motivado é aquele que desempenha uma atividade ou tarefa interessado em recompensas externas ou sociais, um aluno com este tipo de motivação está mais interessado na opinião do outro, as tarefas são realizadas com o objetivo principal de agradar pais e/ou professores, para ter reconhecimento externo, receber elogios ou apenas para evitar uma punição."

quinta-feira, 9 de junho de 2011

ESCOLA ESPECIAL IRMÃ BENIGNA VISITA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO EM RITMO DE FESTA JUNINA

Na manhã da quinta-feira (09) a Escola Especial Irmã Benigna visitou a Secretaria Municipal de Educação levando toda a animação que é pertinente aos festejos juninos. O ônibus trouxe até à sede da Secretaria Municipal seus alunos que aproveitaram a ocasião para apresentar uma atividade de dança elaborada pelos integrantes da escola.
A escola tem como dirigentes a Simone Herta V. da Nóbrega e sua adjunta Maria Aparecida N. de Medeiros e como supervisora a pedagoga Marleide Rodrigues N. Oliveira.

A Escola durante a sua permanência na secretaria transformou o largo de entrada principal num verdadeiro arraial e com uma mesa vasta de comidas típicas e ao som de um forrozinho pé de serra alegrou com muita animação a todos os funcionários e aqueles que circulavam por lá durante a ocasião.

Na ocasião recebemos oficialmente um convite para participar da super festa junina que acontecerá nesta unidade no próximo dia 16 de junho no horário das 16h.







quarta-feira, 8 de junho de 2011

PAIS AUSENTES





A presença dos pais sempre se fez necessária na educação dos filhos. E, hoje, o que se vê são crianças carentes, que se encontram perdidas entre a internet, tevê e videogames.

O fato de ambos os pais trabalharem fora de casa é, muitas vezes, apontado como um dos principais motivos que levam à falhas na educação infantil, tais como o aparecimento de inúmeros tipos de problemas de comportamentos por parte da criança. Dentre os principais problemas que podemos notar estão:


* Agressividade
* Problemas escolares (pais não participam da vida escolar)
* Drogas
* Carência afetiva
* Depressão


Freqüentes queixas que os pais levam ao consultório são de que estão cada vez mais ausentes e por isso não conseguem educar os filhos de forma correta. O importante é saber que pais ausentes não significa necessariamente pais displicentes. O que gera problemas na educação das crianças não é o fato dos pais trabalharem fora, mas a maneira como se comprometem com a educação de seus filhos, a forma como administram seu tempo e o tipo efetivo de educação que colocam em prática.


Pais podem estar fisicamente próximos de seus filhos durante a maior parte do dia, mas podem não estar afetivamente disponíveis a eles. Não conversam intimamente, não brincam, brigam e gritam a maior parte das vezes que se dirigem à criança. Por outro lado, existem famílias que, mesmo estando a maior parte do dia longe de seus filhos, conseguem manter um relacionamento próximo, afetuoso e se envolver na educação dos filhos.

Pais ausentes devem desenvolver algumas habilidades importantes para participarem ativamente na educação dos filhos:

* Administrar o tempo
* Serem afetivos
* Monitorar a distância
* Ser cuidadoso na escolha de com quem e onde deixar a criança na ausência
* Dar atenção
* Estarem acessíveis (para criança poder recorrer nos momentos em que precisar)

Pais que tiverem dificuldade em como lidar com os filhos e/ou quando os filhos apresentarem comportamentos problemáticos, devem procurar ajuda de um psicólogo infantil.

LIMITES E DISCIPLINA NA ESCOLA

O desafio dos professores

A disciplina escolar é um conjunto de regras que devem ser obedecidas tanto pelos professores quanto pelos alunos para que o aprendizado escolar tenha êxito. Portanto, é uma qualidade de relacionamento humano entre o corpo docente e os alunos em uma sala de aula e, conseqüentemente, na escola.

Como em qualquer relacionamento humano, na disciplina é preciso levar em consideração as características de cada um dos envolvidos no caso: professor e aluno, além das características do ambiente.

O professor e essencial para a socialização comunitária e tem, basicamente, quatro funções:

1. PROFESSOR PROPRIAMENTE DITO. Para poder ensinar, é necessário saber o que se ensina. Isso se aprende no círculo profissional. Saber como ensinar: o professor precisa conseguir transmitir o que sabe. Pode ser um comunicador nato ou vir a desenvolver essa qualidade por meio da própria experiência.

2. COORDENADOR DO GRUPO DE ALUNOS. Esta função não é habitualmente ensinada no currículo, pois exige um conhecimento mínimo de dinâmica de grupo, bem como noções básicas de psicologia para manter a autoridade de coordenador. Sala de aula não é consultório; escola não é clínica. Portanto, na função de coordenador de alunos, o professor tem que identificar as dificuldades existentes na classe para poder dar um bom andamento à aula.

3. MEMBRO DO CORPO DOCENTE. Um professor pode ouvir a reclamação de um aluno sobre outro professor e fazer com que chegue ao envolvido para que este possa tomar alguma providência no sentido de responder adequadamente à reclamação. Seria falta de lealdade ficar sabotando os colegas perante os alunos. Os professores devem ajudar-se mutuamente, como fazem os estudantes. Se muitos alunos queixam-se de um único professor, é sinal de que algo está errado. A única forma de solucionar um problema é identificar o erro. Como todo o ser humano, o professor também pode estar errado. O fato de ser professor não é garantia de estar sempre certo.

4. EMPREGADO DE UMA INSTITUIÇÃO. Como todo empregado, o professor tem direitos e obrigações. Eventuais insatisfações ou desavenças empregatícias devem ser resolvidas por meio dos canais competentes. Não podem ( nem devem!) ser descarregadas nos alunos, que não têm a ver com o problema. Os alunos correm o risco de ser manipulados pelo professor em virtude da própria posição de poder que ele exerce na classe.

A maior força do professor, ao representar a instituição escolar, está em seu desempenho na sala de aula. Portanto, ele não deve simplesmente fazer o que bem entender, sobretudo perante as indisciplinas dos alunos. Numa escola em que cada professor atua como bem entende, haverá, como toda a certeza, discórdias dentro do corpo docente e os alunos saberão aproveitar-se dessas desavenças, jogando um professor contra outro.

Por isso é importante que os professores adotem um padrão básico de atitudes perante as indisciplinas

Mais comuns, como se todos vestissem o mesmo uniforme comportamental. Esse uniforme protege a individualidade do professor. Quando um aluno ultrapassa os limites, não está simplesmente desrespeitando um professor em particular, mas as normas da escola. Sobre esse tema, a propósito, sugiro a leitura do meu livro Ensinar Aprendendo.

O aluno também é peça-chave para disciplina escolar e o sucesso do aprendizado. Atualmente, a maior dificuldade que encontra para estudar é a falta de motivação. Estudar para quê? Para passar de ano? Para ganhar presente? Para ter sabedoria? Pra os pais não “pegarem no pé”? Entretanto, quando estão interessados em algum assunto em particular (computação, música, esportes, coleções etc...), são as pessoas mais animadas, empreendedoras e... disciplinadas.

O ensino fundamental e médio tende a ser aprovativo, o que estimula (no passado mais ainda) o estudo suficiente apenas para passar de ano, com conhecimentos, muitas vezes, descartáveis após a prova. Já o vestibular para a faculdade é um sistema competitivo e depende da sabedoria; portanto, a motivação para estudar é acumular saber, bem diferente de atingir uma média 5 para não repetir de ano.

No vestibular, o fator sorte é mais decisivo quanto menor for o conhecimento. Trata-se de um fator imponderável, que pode fazer “cair na prova” o que o vestibulando mais estudou e “não cair” justamente o que estudou. Portanto, quanto mais estudar, isto é, quanto mais conhecimento tiver, menos ele dependerá da sorte, afinal, mais preparado estará.

Os melhores alunos são os que acabam aprendendo mais, e os piores, menos. Em termos de sabedoria, quanto mais se sabe, mais se quer aprender. Em termos de ignorância, quanto menos se sabe, mais se pensa que não é preciso saber mais...

O ambiente também interfere na disciplina. Classes muito barulhentas, nas quais ninguém ouve ninguém; salas muito quentes, escuras, alagadas ou sem condições de acomodar todos os estudantes são locais pouco prováveis de conseguir uma boa disciplina.

No entanto, a condição ambiental mais prejudicial é o estado psicológico do grupo. Uma escola em crise, que esteja passando por greves e os conseqüentes conflitos entre grevistas e fura-greves, bem como brigas entre classe e professor, e aulas ministradas durante grandes eventos populares são situações que dificultam o aprendizado.

Um professor que trabalha numa instituição que sempre protege o aluno, o cliente, independentemente do fato de este estar ou não com a razão, não tem o respaldo da instituição quando precisa. Quem pode trabalhar bem nessas condições?

CARACTERÍSTICAS DE UMA CLASSE DE ALUNOS

O agrupamento de estudantes numa sala de aula apresenta algumas características importantes, tais como:

Apresenta alunos com idades cronológicas semelhantes, embora nem sempre o desenvolvimento emocional acompanhe a idade cronológica.
Estudantes de sexos diferentes, da mesma idade cronológica, têm desenvolvimentos emocionais distintos.
Cada aluno traz dentro de si sua própria dinâmica familiar, isto é, seus próprios valores (em relação a comportamento, disciplina, limites, autoridade etc.).
Cada um tem suas características psicológicas pessoais.
Alunos transferidos de outras escolas podem ter históricos escolares bem diferentes dos históricos de seus novos colegas.
Para muitos estudantes, o lema é: “A escola é boa, o que atrapalha são as aulas”. Esse lema é válido principalmente para os alunos “problemáticos”.
O professor é analisado por todos os alunos.
O professor pode ser um canhão, mas cada aluno é um revólver...
O que o professor faz em uma determinada classe rapidamente torna-se do conhecimento de todos os alunos, sobretudo por intermédio daqueles que desejam “fulminar” o tal professor.
Os “maus” alunos especializam-se na arte de “assassinar aulas”, ou seja, tirar o professor de sua função de dar matérias que caem em provas. É um vale-tudo: suscitar debates políticos e econômicos dentro da sala, levantar problemas psicológicos ou da administração da escola, jogar um professor contra outro, brincar de brigar entre os colegas...
Nem todos da classe são “inimigos” do professor. Os alunos saudáveis (chamemos assim), em geral, são a maioria. Só que estes não chamam a atenção exatamente por não dar trabalho aos professores. Entre esses bons alunos há sempre aqueles que têm um sentimento positivo em relação ao professor. Tais alunos podem funcionar como pontos de referência da aula. O relacionamento do professor com esses alunos funciona como fios invisíveis que sustentam um objetivo. Ás vezes acontece de o professor ser avisado, ao chegar à classe, por meio desses “fios invisíveis”, de que tem alguém passando mal ou aprontando alguma coisa. Não chega a se uma delação ou denúncia, mas um “recado entre amigos”.
Quanto maior for o número de “fios invisíveis” tecidos entre o professor e os alunos, maior será a integração dele com a classe. Não estou me referindo aos conhecidos “puxa-sacos”, aos bajuladores. Para estes, basta mudar o interesse que rapidamente trocam de “sacos a puxar”...

Para “tecer” esses “fios invisíveis”, o professor pode valer-se de, basicamente, três fatores estimulantes: 1. aspectos pessoais (simpatia, higiene pessoal, elegância, educação, costumes etc.); 2. capacidade de comunicação; 3. conhecimento da matéria.
Do lado dos alunos, os “fios invisíveis” podem ser “tecidos” com base no desejo de aprender, na facilidade de compreender e no fato de sentirem-se bem durante a aula.
APRENDER PARA QUÊ?

Para aprender, é preciso receber a informação e digeri-la em pedaços compreensíveis, a ser incorporados ao corpo do conhecimento já existente.

Aprender é alimentar a alma.

Interação é a palavra da moda. Ensinar é um dividir que soma, que enriquece professor e aluno. O abuso do poder pelo saber é medíocre, já que a ignorância pode ser transitória. A verdadeira sabedoria traz embutida em si a humildade. Ensinar passa a ser, assim, um gesto de amor.

PROFESSOR, O GRANDE COZINHEIRO

O PROFESSOR DEVE TER MUITA CRIATIVIDADE PARA TORNAR SUA AULA APETITOSA. Os temperos fundamentais são: alegria, bom humor, respeito humano e disciplina.

Haverá interesse do aluno pelo conteúdo do programa escolar sempre que houver uma correlação ente este e o dia-a-dia do estudante. O professor sábio estabelece tal correlação.

BOM HUMOR É IMPRESCINDÍVEL

O bom humor, o riso e a espontaneidade são ingredientes necessários à sensação de liberdade. O bom humor difere da ironia. Pessoas livres aprendem mais e melhor. O professor tem de entender que dentro da classe ele tem uma função específica; ele quase que interpreta um personagem.

A força da timidez está em considerá-la invencível. Na hora em que o tímido começa a quebrar uma de suas pontas, ela não resiste e começa a ruir. Basta o professor soltar-se um pouco e, quando menos esperar, já a terá superado.

O DOMÍNIO DA MOVIMENTAÇÃO CÊNICA

O professor precisa provocar captar a atenção dos alunos para o que ele está falando. O que a gente vê não esquece, o que nem sempre ocorre com o que lemos.

Os alunos aprendem muito mais por meio de imagens do que de símbolos.

JORNADA PSICOSSOCIAL NA EMEF "MARIA DAS CHAGAS CANDEIA"

No dia 07 de junho de 2011 o setor Psicopedagógico e Social da Secretaria Municipal de Educação do município de Patos-PB participou do planejamento quinzenal da EMEF "Maria das Chagas Candeia" numa Jornada Psicopedagógica realizada pelo setor nas unidades escolares vinculadas a Secretaria Municipal de Educação.
Consideramos esse, um momento especial para o setor e também para os docentes da unidade tendo em vista que a temática desdobrada nessa "roda de conversas" versava sobre as práticas necessárias para a motivação em sala de aula. Em clima de muita descontração tivemos a feliz oportunidade de tecer alguns comentários de muita importância para motivarmos o nosso aluno na construção do seu conhecimento.

A EMEF "Maria das Chagas Candeia" é dirigida pela professora Jucilene Pereira Tiburcio e sua adjunta é a professora Charmenia Cabral de Moura, e tem como supervisora Zillene Carlos Félix.






terça-feira, 7 de junho de 2011

SER PROFESSOR

Ser professor é professar a fé e a certeza de que tudo terá valido a pena se o aluno sentir-se feliz pelo que aprendeu com você e pelo que ele lhe ensinou…
Ser professor é consumir horas e horas pensando em cada detalhe daquela aula que, mesmo ocorrendo todos os dias, a cada dia é única e original…
Ser professor é entrar cansado numa sala de aula e, diante da reação da turma, transformar o cansaço numa aventura maravilhosa de ensinar e aprender…
Ser professor é importar-se com o outro numa dimensão de quem cultiva uma planta muito rara que necessita de atenção, amor e cuidado.
Ser professor é ter a capacidade de “sair de cena, sem sair do espetáculo”.
Ser professor é apontar caminhos,mas deixar que o aluno caminhe com seus próprios pés…

PEDAGOGIA

Definição

Pedagogia é uma ciência ou disciplina do ensino que começou a se desenvolver no século XIX. A pedagogia estuda diversos temas relacionados à educação, tanto no aspecto teórico quanto no prático.
A pedagogia tem como objetivo principal a melhoria no processo de aprendizagem dos indivíduos, através da reflexão, sistematização e produção de conhecimentos. Como ciência social, a pedagogia esta conectada com os aspectos da sociedade e também com as normas educacionais do país.
Temas abordados pela pedagogia:
- Aprendizado de conhecimentos


- Métodos e sistemas pedagógicos



- Dificuldades de aprendizado


- Didáticas e práticas pedagógicas


- Conteúdos educacionais


- O aluno no processo educativo


- O papel do professor no processo educacional



O pedagogo é o profissional formado para atuar na área pedagógica. Porém, todos aqueles que atuam no processo educativos (professores, pais, monitores, orientadores, psicólogos, etc) também devem conhecer os princípios básicos de pedagogia.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

FESTEJOS JUNINOS

Origem da Festa Junina

Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina. De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal).
Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha. Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros ( indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.


Festas Juninas no Nordeste

Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura.


Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas.