quarta-feira, 31 de agosto de 2011

TESTE DE TEMPERAMENTOS
















Qual é o seu temperamento?


Esse questionário ajudará a descobrir qual seu temperamento dominante. Assinale as perguntas pelas quais sua resposta for afirmativa, o próximo passo é identificá-las nas colunas e marcar um X, cada X vale 1 ponto. Verifique em qual coluna você obteve maior pontuação.

Às vezes o número de respostas é equivalente para dois ou mais temperamentos, podendo indicar um misto de temperamentos. Segundo LaHayer nós temos dois ou mais temperamentos, nunca um somente.



1. Você reage prontamente a ofensas e tende a rebater um insulto no mesmo instante?

2. Você costuma ver sempre o lado mais sério das coisas?

3. Você perde facilmente a confiança nos outros?

4. Você costuma elogiar bastante aqueles a quem ama?

5. Você sucumbe bastante diante das explicações lógicas, mas resiste firmemente a qualquer tentativa de convencê-la pela força?

6. Você adora companhia e diversão em geral?

7. Seus pensamentos, freqüentemente, transformam-se em reflexão, o que pode mexer com seus sentimentos mais profundos, embora não deixe isso transparecer em seu semblante?

8. Você costuma se sentir muito irritado (a) diante de injustiças desordem?

9. Você tem, e/ ou demonstra, pouco interesse no que dizem a seu respeito?

10. Acha difícil confiar nos outros, e tem medo de que alguém possa ter algo contra você?

11. Não costuma refletir durante muito tempo, pois perde o foco e distrai-se com facilidade?

12. Não reage a uma ofensa de imediato, mas costuma senti-la mais intensamente algumas horas ou dias depois?

13. Tem dificuldade para se decidir, mesmo quando o assunto é importante?

14. Zanga-se rapidamente, mas esquece com a mesma rapidez e não guarda rancores?

15. Você é um entusiasta que busca sempre realizar grandes feitos?

16. Costuma ser líder em todos os locais e atividades em que toma parte?

17. Você adora o silencio e a solidão?

18. Fica enciumado com freqüência?

19. Gosta de estar sempre no comando?

20. Passa muito tempo deliberando e tem dificuldade para tomar decisões?

21. Adora ser elogiado e acha isso muito importante no relacionamento?

22. Tem facilidade para se comunicar?

23. Evita discussões e qualquer coisa que exija que tome partido?

24. Sente-se encorajado diante da primeira dificuldade que encontra?

25. Tem dificuldade de fazer novos amigos, não gosta de falar com estranhos ou de manifestar suas opiniões em público?

26. Costuma dar muita importância a sua aparência e à dos outros?

27. Persevera sempre mesmo diante das maiores dificuldades?

28. Fica reticente ou desconfiado diante de um comentário mais rude ou inamistoso?

29. Não consegue conter-se , tem dificuldade para ficar em silencio?

30. Uma de seus maiores virtudes é a coragem para desbravar novos caminhos?

31. Permite que os outros tomem sua frente em muitos momentos, mas, ao mesmo tempo, sente-se irritado por ter sido ignorado?

32. Não gosta, ou até mesmo odeia, demonstrações excessivas de sentimentalismo?

33. Pode ser cruel e grosseiro quando não consegue atingir seus objetivos?

34. Você prefere atividades mentais a esforço físico?

35. Prefere não opinar sobre um assunto se isso significar que terá que de envolver em polêmica?

36. Tem uma forte tendência a bancar o indiferente mesmo quando interiormente está muito abalado?

37. Considera-se flexível quando precisa negociar algo com alguém, seja essa pessoa chefe, funcionário, filho ou cônjuge?

38. Mantém a compostura mesmo em face de sofrimento ou de ofensa deliberada?

39. Gosta de trabalhos e atividades que não exijam contato com o público?

40. Considera-se alguém especial, que está sempre certo e que não precisa que ninguém lhe diga o que fazer?

Resultado
Verifique em qual das quatro colunas você obteve maior pontuação.


A FLOR E OS ESPINHOS

OBJETIVO:
Trabalhar o mundo interior de cada colega de equipe visando criação de um clima adequado à fase da LIMPEZA do 5 “S”.

CENÁRIO:
Lembrar, com a equipe, as inúmeras situações que nos ferem ao longo da nossa vida profissional. Usando música de fundo, criar um clima em que venham a tona as lembranças dos nossos dissabores profissionais. Buscar, em seguida, lembrar também das experiências positivas, das esperanças cultivadas, e que se constituem na força motora que nos faz levantar e prosseguir sempre. Nesse momento sugere-se usar música instrumental um pouco mais alegre.

DESENVOLVIMENTO:
Entregar a cada colega um quadrado recortado em papel marron no momento em que estiverem sendo lembrados os dissabores.
Pedir que cada um registre nele as lembranças mais amargas de sua experiência profissional. Deixar que o grupo processe calmamente esse momento.
Em seguida, no momento em que se buscam as experiências agradáveis e as esperanças positivas, entregar um quadrado recortado em papel vermelho, e pedir que cada um registre nele as lembranças felizes ou os sentimentos positivos.
Logo depois de processado esse momento pedir que façam um canudinho bem fino com o papel marrom, e, através de dobradura (ao meio duas vezes, abrindo as pétalas), uma flor com o vermelho.
Apertando os vértices do vermelho fazer uma ponta que possa ser introduzida no canudinho. As alegrias e esperanças são a flor; os dissabores são os espinhos. Toda flor possui espinhos mas os espinhos são a base de sustentação para a flor.

PROCESSAMENTO:
Sugerir que cada um compartilhe com um dos colegas sua reflexão. Nesse momento, se alguém quiser, podem se trocar as flores, buscando nos colegas uma forma de amenizar os espinhos, reforçando as flores.


A FONTE

OBJETIVO:
Demonstrar a influência dos modelos mentais na interpretação dos fatos

DESENVOLVIMENTO:
Divide-se o grupo em quatro grupos menores.
Solicitar a cada grupo que responda a seguinte questão: Vocês receberam esta mensagem: “Você anda trabalhando bastante”. Como você interpretaria essa mensagem se ela lhe fosse transmitida por: médico, seu chefe, sua mãe, uma pessoa que está tentando tomar seu lugar na empresa.
O grupo deve discutir qual a impressão que a frase, dita pela pessoa indicada, deixa no grupo, sendo que para cada grupo, um dos indicados acima disse a frase.
Escolhe-se um relator que deve repassar ao grupão a conclusão do grupo, sem identificar quem disse a frase. Isto deve ser tarefa do grupão.

MATERIAL:
Papeletas com a frase para cada grupo e papel e caneta para os participantes.

Fonte: Técnicas de vivências- dinâmicas em grupo

JANELA DE JOHARI

Janela de Johari: dar e receber feedback, percepção do eu e do grupo.

Quadrante nº 01

Quadrante nº 2


n
n
n
n
n
n
n
n
n
Distribua duas folhas para cada participante, peça para separar uma das folhas e desenhar o quadrante número 01 e reserve, mas o tipo de "eu" específico de cada quadrante deverá ser escrito na folha como título para sobrar espaço para ser desenvolvida a dinâmica.

Na próxima folha, peça para dividi-la ao meio e em uma das partes escrever o nome do pariticipante (como se fosse um título), após cada pessoa realizar estes passos, peça para que cada um fique de posse da parte da folha que está em branco (a que não foi usada) e escreva algumas caractáristicas sobre si mesmo.

Ao término desta etapa, exlique que a parte da folha, a qual todos colocaram seus nomes, irá circular entre todos e cada pessoa terá que escrever, duas caractéristicas (por exemplo, porque você poderá combinar a quantidade de características com todos), do participante cujo nome está escrito na folha.

Assim que escrever passe a folha para a outra pessoa da esquerda e receba a folha da pessoa da direita e assim sucessivamente, até que todos escevam em todos e a folha com o seu nome chegue em você.

O próximo passo, é comparar as características que os outros escreveram com a folha que você escreveu sobre si mesmo. Anote as características que forem iguais no quadrante," eu aberto".

Em seguida, as caraterísticas que não batem com a folha que circulou entre os colegas e a sua particular, ou seja, as características da sua folha particular que não foram listadas na folha coletiva, escreva no quadrante "eu secreto".

e as características que estão na folha coletiva e não estão na sua, escreva no quadrante "eu cego".

pronto, agora conte a quantidade de cada quadrante e tenha seu feedback naquele grupo. Esta atividade se refere aquele grupo específico, em outros grupos você poderá ser visto de uma outra forma.

O "eu desconhecido" fica em aberto devido ser algo que você aprenderá a conhecer ou transformar durante a sua vida, seja em terapia, maturidade, crescimento espiritual... enfim, você se abrindo aos poucos.

AS 5 LINGUAGENS DO AMOR PARA CRIANÇAS NA FAMÍLIA E NA ESCOLA


As 05 linguagens do amor

Trabalhando com os pais e professores as linguagens de amor dos filhos e dos alunos

Todos nós baseamos nossa comunicação nas 05 linguagens do Amor. Com a criança não é diferente, cada uma possui uma linguagem principal e por meio desta, compreende e comunica o seu amor para os pais. Os pais devem investir no desenvolvimento da linguagem principal de seu filho (a), o mesmo poderá ser aplicado pelos professores, haja vista que por meio do entendimento de que é amada a criança crescerá e tornar-se-á um adulto equilibrado, amável e útil na sociedade, como está escrito na Palavra de Deus: "Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele". Provérbios 22:6

As 05 linguagens do Amor

Contato Físico

Beijar e abraçar são as linguagens mais fáceis de demonstrar o amor. Apesar de ser a linguagem mais simples, muitos pais só tocam em seus filhos para dar banho, trocar sua roupa e ao adormecerem leva-os para a cama. As crianças necessitam ser tocadas por todas as pessoas que a cercam, beijar e abraçar demonstra afeto e carinho. Os meninos e meninas necessitam igualmente de demonstração física, o afeto, não prejudica a sexualidade do menino, quanto mais cheio o seu tanque emocional, mais saudável sua autoestima e identidade sexual. Contatos físicos através de jogos e brincadeiras devem fazer parte do convívio familiar e escolar. A correção com agressividade física pode magoar profundamente a criança. Converse com a criança antes de tomar qualquer atitude neste momento.

Reflexão: Você abraçou ou beijou o seu filho hoje?

Palavras de Afirmação

A palavra positiva nutre o senso de valor e segurança, marcam a memória. Palavras negativas podem prejudicar a autoestima e lançar dúvidas sobre a capacidade da pessoa. Devemos elogiar o que a criança faz, bom comportamento ou atitudes conscientes devem ser realçados para que o estimule a praticá-los constantemente. O elogio deve ser sincero e usado de maneira adequada para não perder o efeito. Procure falar palavras de encorajamento, motivando-a a fazer sempre o melhor e nunca desistir.

A orientação dos pais desenvolve a moral e ética na criança, o certo e o errado, devem ser conduzidos de forma tranquila, dando autonomia para a criança para que ela compreenda cada situação apresentada a ela. Utilize materiais de apoio, como: artigos, histórias, reportagens, etc. para ilustração do ponto de vista a ser analisado. A mesma sugestão cabe ao professor em sala de aula.

Reflexão: Oriente sempre seu filho para que outro não o faça. Adote seu filho antes que um bandido o adote.

Qualidade de Tempo

Esta linguagem está associada à atenção concentrada e exclusiva, um sacrifício por parte dos pais e dos cuidadores, inclusive professores. Abrir mão das nossas preferências para atender à criança, realizando algo junto, sem pensar nos afazeres, interagindo de fato com o outro. Incluir contatos visuais é um poderoso meio para demonstrar o seu amor direto ao coração da criança.

Nestes momentos, os pais e ou professores têm a oportunidade de conversar com seus filhos ou alunos e de conhecê-los melhor. Conversa de qualidade. Contar histórias sejam elas criadas, lendas, história de vida, enfim, todos os dias é uma maneira de iniciar um ritual na hora de dormir. Trabalhar sentimentos e dialogar abertamente sem recriminá-lo é uma outra forma de educá-los para a vida.

Reflexão: Você conta histórias para seu filho? Comece a contar a sua história de vida.

Presentes

Dar e receber presentes como uma forma de demonstrar o amor, é presentear sem nada em troca, sem depender do merecimento, é uma atitude de demonstração de afeto. Procurar presentes significativos para à criança, evitando que sejam sempre de lojas e caros. Fazer surpresas como cartas no travesseiro, bilhete na porta, um jantar sem aviso, pode ter mais valor do que um brinquedo.

Evitar excesso de presente, para que as crianças não se tornem adultos materialistas, comprometendo desta maneira na formação de seu caráter, os ensinado a relacionar com as pessoas não por interesse ou troca. Procure entender o desejo da criança, discernindo se o pedido é passageiro ou duradouro.

Reflexão: Antes de comprar um brinquedo para seu filho, pense na mensagem subliminar que ele traz, e se contradiz a educação que deseja alcançar.

Atos de serviço

Em qualquer relacionamento, procuramos agir fazendo coisas para agradar ao outro. Para os pais, a motivação principal não deve ser de, fazer o que os filhos querem, e sim, o que é melhor para a criança. Portanto, os pais devem estar atentos quanto a sua condição física e emocional, para atender as crianças. O corpo e a mente devem estar equilibradas e saudáveis, sabendo que a paternidade envolve atos de serviço 24 horas por dia, fazendo por eles o que ainda não são capazes; agindo com os filhos de acordo com a sua idade.

Ensinar ao filho, sendo o seu modelo, torna-o mais maduro e responsável. Pois criança aprende vendo e não ouvindo. É necessário, incentivá-lo nas suas habilidades e talentos, deixando que ele aprenda com os erros sem criar a falsa ilusão de incapacidade, ofereça oportunidades de experimentarem a atividade que apresenta dificuldade em situações e momentos diferentes.

Ensinar a criança atos de serviço, você estará contribuindo com o desenvolvimento da compaixão, bondade, solidariedade...

Reflexão: É importante que a família sirva a pessoas fora do seu convívio sem esperar nada em troca, que tenha amizades antigas, convívio com vizinhos recebendo-os em sua casa, trabalhos voluntários, encontro da família uma vez por semana. A escola deve ajudar auxiliando a educação das crianças com projetos voltados para ética e cidadania.

Atividade para os pais e professores


Dinâmica

Separam-se os participantes em 05 grupos. Cada grupo recebe uma linguagem doa mor, com o desafio de sugerir 03 dicas de como encher o tanque do amor dos filhos ou alunos, as dicas devem ser dramatizadas pro membros da equipe

REFLEXÕES

Realmente não podemos negar que a escola enfrenta muitos desafios, e a relação entre a necessidade de disciplina e de liberdade do aluno, é focalizado no texto de Arroyo, quando destaca dois deles: a disciplina e a violência e suas relações com os princípios de autonomia e liberdade, tão caros entre nós educadores. Mas, sobretudo, tratamos aqui do estreito vínculo existente entre a escola e a sociedade, muitas vezes negligenciadas pelas políticas educacionais e pelos próprios trabalhadores docentes. Portanto esses dois fatores merecem investigação, compromisso e o envolvimento de todos, e Arroyo em seu artigo enfatiza também que todos os segmentos da sociedade vêm externando seus pensamentos e juízos, sentimentos e valores. O pensar, sentir, avaliar julgar e condenar as infâncias infratoras veio à tona, expostos ao debate aberto, como feridas sociais. A infância sai da esfera familiar das escolas para entrar no de bate público. Observamos dessa forma que este assunto abrange várias esferas sociais.Vasconcellos apresenta em seu artigo : Os Desafios da Indisciplina em Sala de aula e na Escola várias questões como a complexidade, pois é extremamente exigente, uma vez que se trata de participar da formação de vários sujeitos, onde deve englobar muitas áreas do conhecimento;breve Análise da realidade são os questionamentos do que está acontecendo;Crise de sentidos, os alunos não vêem sentido para o estudo; crise dos limites estamos vivendo o momento do consumismo, a própria família não consegue impor limites; para analisar a posição dos educadores Arroyo dar ênfase aos obstáculos epistemológicos, os educadores vivem na espera da Receita Mágica, Idealização de Alternativas, Sensação de não-Poder.Dessa forma fica evidenciado que a relação da disciplina e da violência nas escolas envolvem vários fatores, que vão além de simples brigas ou discussões em sala de aula.
O texto de VASCONCELLOS sugere algumas alternativas para mudar este quadro como o Resgate do Professor, Respeito e Exigência, Responsabilidade, Perspectiva de Ação, Plasticidade do discurso x Rigidez da Prática; Resgate do Sentido; Sentido para o Estudo; Resgate das Exigências; Questão do Respeito; postura do Professor: Dialética da Interação Pedagógica; Postura do Professor; Necessidade de autoridade; Superar a síndrome do encaminhamento e o Papel da Equipe Diretiva, na minha opinião são válidas, mas acrescentaria outras sugestões para a gestão pedagógica da disciplina e da violência na escola como:


A perspectiva de cidadania desenvolvida pela escola atual é de desenvolver a formação do cidadão, garantido que ele ocupe e exerça de maneira correta sue papel na sociedade com direitos, mas também com deveres a serem cumpridos, mas como a escola organiza esse trabalho?È necessário que esse trabalho seja democrático, respeitando as diversidades culturais, as diferenças individuais, sem discriminação, baseada em valores e solidariedade e justiça social, e para isso vale citar (...) lutar pela construção de uma escola que contribua para a formação da cidadania democrática, no contexto de uma sociedade com tradições escravocrata, autoritária e clientelista tão arraigadas, é perceber que essa luta deve permear o conjunto das instituições sociais, no sentido de romper com essa cultura e criar uma contra-cultura, calcada nos princípios de liberdade e de igualdade, nos valores republicanos do bem comum e do bem coletivo, com vistas à construção de uma sociedade baseada nos valores da solidariedade e justiça social (SILVA, 2000,p. 181)

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

FILME "COMO ESTRELAS NA TERRA" - A EXISTÊNCIA ENTRE ESPELHOS, CORES E CANÇÕES


<!--[if gte mso 9]> Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE MicrosoftInternetExplorer4

Paulo de Tarso de Araújo Leite*

Como estrelas na tela, as letras começam a aparecer e, num ritmo cada vez mais intenso, misturam-se, confundem-se; ao fundo, há a imagem de personagens raivosos os quais mais tarde se entenderá. Essas são as primeiras imagens do filme “Como estrelas na Terra”, de Aamir Khan, seguidas pela cena em que um menino, Ishaan, protagonista do filme, olha atento para o movimento lento de pequenos peixes num córrego. Com o olhar fixo em sua garrafa transparente em que alojara o peixe e depois ainda quando o coloca num aquário junto a outros peixes, percebemos o quão atento é o menino, um olhar tão imerso quanto ao que ele reserva a um pequeno pedaço de metal que encontra e guarda e que, mais tarde, no decorrer do filme, o revisitaremos, bem como ao quebra-cabeça que monta na casa em que mora. Essa atenção e felicidade é o que se contrapõe à cena posterior em que o menino tenta devolver a bola aos garotos de sua rua, mas erra o alvo, jogando-a para além da cerca, sendo então agredido por um deles.

O mundo começa a se mostrar dissonante com aquela felicidade exprimida pelo menino nas primeiras cenas. O espaço das relações revela intolerância e violência. A escola, lugar onde o saber se supõe em movimento, é um lugar onde a alegria e o olhar atento também não encontram espaço, tal como constatamos na cena em que, durante uma aula de gramática, o menino se volta para a janela e sua profunda observação se atém a uma poça d’água sendo atravessada por uma roda de bicicleta. Uma atenção tão natural e devotada a uma poça d’água se torna maior do que a aula de gramática em curso, o que provoca a ira da professora. É justamente nessa aula de gramática que algo crucial é revelado a nós, espectadores, quando a professora ordena que o garoto faça uma leitura: Ishaan não consegue realizar a leitura e relata inocentemente à professora: “As letras estão dançando”. Um comentário tão inesperado, quanto poético desconcerta a professora e a enraivece. Não por menos: aquele espaço não era o da observação, mas sim o da regra, o da opressão, onde deixar o olhar e a imaginação voarem torna-se crime e motivo para humilhação.

É humilhado e desolado que o pequeno protagonista começa a andar pelas ruas. Aos poucos vemos que aquela felicidade e olhares que lhe são característicos gradativamente reencontram no espaço externo a alegria e da liberdade que perdera no interior da escola. A tinta que lhe cai no rosto enquanto observa o trabalhador, as cores ao seu redor, os quadros, os pássaros, os corpos, enfim, tudo parece devolver-lhe a presença e existência. O mundo, tal como suas letras, dança para ele, assim como dançam as cores na frágil gota d’água que ele mistura com o dedo e com o olhar. São nesses lugares de cor e movimento que o menino se identifica. Os números também dançam e, na prova de matemática, eles se movimentam, cedem à imaginação. Para a instituição de ensino tal olhar se torna alheio e longe de receber o devido respeito e reflexão. A reunião dos professores com os pais do menino comprova isso. Sentados, como num tribunal inquisidor, os professores iniciam uma série de críticas ferinas aos pais, a diretora insinua o caso do menino como sendo de retardo mental. Por esses mesmos uma suposta solução é dada aos pais: colégio para retardados mentais. Mas o pai do menino tem também outra suposta solução: o colégio interno, lugar de regras impostas, onde a amplidão do mundo externo que lhe dança e pula não tem vez. É assim que, de forma incisiva e traumática, Ishaan é apartado da família e de seu mundo para entrar nesse novo mundo de estagnação, uma separação que é expressa num caderno onde o menino desenha seu gradativo distanciamento da família.

A partir da exclusão do protagonista de seu mundo ao ser incluído no rigoroso claustro do colégio interno, o filme se intensifica na exibição de um processo destrutivo da personalidade do protagonista. Vale mencionar a aula em que um texto chamado Perspectiva é apresentado aos alunos pelo professor. Ei-lo: “Quando olho de cima, você é um pedaço de céu cheio de nuvens, até aparecer um elefante sedento, ou meus amigos pularem, talvez uma buzina de bicicleta, um pedregulho ou dois, até a bengala de um cego serve. Então a imagem se dissipa e você torna-se nosso rio outra vez”.

Ishaan, em sua primeira aula, é convocado a interpretar o texto. Tímido, ele assim o faz: “Eu acho que o que não vemos não sentimos. Mas às vezes o que vemos na verdade não é. E o que não vemos na verdade é. Quero dizer...”

Seu discurso é interrompido pelo professor insatisfeito que o repreende e pede para que outro aluno interprete. A interpretação está em jogo na cena. Ishaan faz sua interpretação; já o professor revela incapacidade interpretativa ao se deparar com a profundidade filosófica que o menino expõe, uma profundidade que é fruto de uma densa e cotidiana observação do mundo e dos seus sentidos, da poça que observava da janela de seu outro colégio, de um mundo externo onde, ao observá-lo, encontrava a felicidade e a alegria. Só seu novo amigo, Rajan Damadaran, que anda sempre de muletas por conta de um problema nas pernas, será o único que o acompanhará com a devida compreensão, que o entenderá a resposta de Ishaan e perceberá que o professor queria uma resposta pronta e superficial. Naquele internato as aulas de arte também se tornam lugar de inquisição, de regras opressoras, onde o olhar outro é inadmissível, assim como nas aulas de educação física que mais parecem um desfile militar. Na aula de português a gramática é vomitada numa profusão de conceitos abstratos. Enquanto isso, as letras na lousa ainda continuam dançando para nosso pequeno protagonista.

Mas, como já dissemos, o processo de destruição da personalidade está já em desenvolvimento. A cada aula, a cada humilhação, a cada repreensão, Ishaan vai se apagando, tornando-se sombrio. O que vemos é o aniquilamento gradual e cruel de sua individualidade. A família, nesse processo, também é distanciada pelo olhar ferido e esvaziado do protagonista, o mesmo olhar que outrora já denunciava no caderno de desenho esse processo próximo à partida para o internato. A canção da existência adquire contornos sombrios e nos diz ao fundo da imagem: “Meus olhos estão vazios, até as lágrimas me abandonaram. Silêncio preenche meu coração. Não sinto mais dor, estou amortecido. Todos os sentimentos me deixaram. Estou vazio”.

É uma canção que anuncia o emudecimento do ser, a morte cruel da imaginação e da inventividade. Mas outro processo entra em funcionamento com a substituição do até então professor de Artes. Esse processo é anunciado por um som de flauta, que atravessa inesperada e surpreendentemente a sala de aula. A canção sombria que outrora anunciava o fim dos sentidos agora cede para o som da flauta: som de um novo início possível para essa nova etapa do filme, som emitido pelo professor temporário de Artes, Ram Shankar Nikumbh, que surge pela primeira vez, caracterizado como um ser fabular com sua flauta encantada, cantando e dançando. Na letra dessa nova canção, um novo viés de sentidos se apresenta: “Quem disse que peixes não voam? (...) Então liberte sua mente, abra sua assas, deixe as cores se espalharem. Vamos girar nossos sonhos”.

Há uma nova ambientação de alegria naquele espaço. As crianças adoram, tornam-se finalmente crianças, menos Ishaan que permanece imóvel e ausente. Na primeira tarefa solicitada pelo professor, tarefa bem diferente das propostas pelo professor de Artes anterior, já que agora confere ao aluno a autonomia da produção, a movimentação de todos é grande, mas Ishaan não se mexe. A imagem enquadra o seu papel totalmente vazio, em branco, inerte, metaforizando como um espelho a própria alma do menino. Preencher esse papel novamente com as cores e com as profundezas da imaginação faz dessa etapa do filme a grande epopéia. E essa epopéia se dá pela observação do professor, pelo gesto de “importar-se” que sempre foi negado ao protagonista mirim, um gesto que entenderemos melhor em cenas posteriores. Antes, porém, vale ressaltar esse gesto de importar-se que faz com que o professor busque os motivos que levaram Ishaan àquela condição de exclusão e aniquilamento interior. É pelo gesto de importar-se, de busca, de observação que Ram se depara com as anotações do menino, repara na disposição diferente das letras, emociona-se, percebe o problema: aquelas palavras que dançam são frutos de uma imaginação poderosa e também da dislexia.

E os espelhos se dão. Aquela folha vazia precisava ser preenchida novamente com as cores da alma. Para isso era preciso restituir o colorido de Ishaan. Com se verá, professor Ram sabe mais que ninguém disso, prepara uma aula para seus alunos, começa a lhes contar a história de um garoto que não conseguia ler e escrever. Ishaan demonstra pelo olhar identificar-se e pensa que o professor está falando sobre ele, mas Ram começa a mencionar grandes personalidades e é por essas que uma nova significação começa a ser erigida. Quando Ram pede que os alunos saiam para produzirem, fica sozinho com Ishaan e revela o jogo de espelhos que norteia toda profundidade da relação entre os dois: faltava um nome a ser citado naquela aula e o nome era do próprio Ram. Nesse ponto, vemos que professor e aluno se tornam um só num processo de compartilhamento e desenvolvimento interior. E é aí que entendemos também o diálogo que, anteriormente, Ram tem uma colega de outro local de trabalho quando esta o interroga (“Quem você encontrou por lá”) e este a responde (“Eu mesmo”).

Nesse outro local, entre cenas de um colorido vibrante e crianças diversas, mais uma canção se desenvolve e marca a coloração dessa etapa do filme.

Olha pra eles, como gotas frescas de orvalho

Abrigadas nas palmas das folhas,

Presentes do paraíso,

Esticando e curvando, torcendo e deslizando,

Como delicadas pérolas brilhando de sorrisos...

Não deixemos perder essas estrelas na Terra

Como o brilho do sol num dia de inverno

Que banha o jardim de dourado,

Eles espantam a escuridão de nossos corações

E nos esquentam bem lá dentro

Não deixemos perder essas estrelas na Terra

Como o sono está preso atrás das pálpebras,

Onde doces sonhos abundam,

E no sonho um anjo aparece...

Como uma fonte de cores

Como borboletas nas flores

Como um amor descomprometido...

Eles trazem ondas de esperança,

Eles são o amanhecer dos sonhos

E a eterna alegria...

Não deixemos perder essas estrelas na Terra

(...)

Nesse fragmento, podemos perceber toda força que há no espelhamento que, no fundo, metaforiza também a relação necessária entre os seres humanos e que é perdida pelo mundo competitivo que assola a sociedade e destrói o mundo da criação representado pelo menino, um mundo apontado pelo professor Ram para os pais de Ishaan quando aquele lhes revela a dislexia do menino.

A recuperação de Ishaan se dá por um processo de entrega docente em que o professor o reconduz ao mundo e o apresenta para as palavras pelo caminho da multiplicidade de linguagens. As palavras, então, frutificam-se por massinhas, areias, sensações táteis, pinturas, montagens, áudios, jogos de amarelinha etc, porque é só no terreno da multiplicidade que a humanidade cresce e os sentidos podem fluir e tomar o devido lugar. E é nesse lugar que o sorriso de Ishaan retorna e sua folha-espelho começa a ser colorida.

Dá-se, então, por sugestão de Ram, um campeonato de desenho. Mas vale lembrar que esse campeonato é bem diferente dos que prega a sociedade competitiva segundo a qual o importante é ser “melhor” que os outros. É um campeonato que se dá num campo amplo, revelado pela panorâmica da imagem em que todos, alunos e professores, se aglomeram, se dispõem ao mesmo trabalho; um momento em que as hierarquias se desmontam e o poder instituído é vencido pelo poder coletivo em que cada um em sua singularidade compõe a coletividade. Ishaan, atrasado, chega com sua aquarela – presente de seu irmão e guardada até então no fundo da gaveta e da solidão. Os trabalhos se desenvolvem. Todos produzem, compartilham com os vários olhares os trabalhos que realizam e se divertem, inclusive os professores que em outro momento eram a expressão de um sistema inquisidor. No fluir daquele ambiente de produção e libertação dos grilhões hierárquicos e competitivos do mundo, Ishaan produz suas cores dançantes num cenário paisagístico pleno de beleza e Ram, por sua vez, produz em tela seu espelho: o retrato do próprio Ishaan que, ao ver-se na obra de seu professor, se entrega a um choro de renascimento. O fim da competição não poderia ser mais emblemático. Ishaan vence a competição, embora o trabalho de seu professor seja considerado como um vencedor também. Mais emblemático e profundo é a solução para esse impasse necessário de vencedores. O prêmio é a publicação do trabalho vitorioso como capa de revista, mas a decisão se dá pela a publicação dos dois trabalhos, os de Ram e de Ishaan, na mesma revista, como capa e contracapa, como espelhos um de outro, porque afinal de contas, as cores são de um mesmo sol e os seres, como estrelas na terra, são de uma mesma constelação e precisam brilhar juntas na mesma tela da existência.

*Mestre em Ciências da Educação, professor de especialização nas Faculdades Integradas de Patos e sociólogo da equipe multidisciplinar do Psicossocial da Secretaria Municipal de Educação de Patos-PB.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

SETOR COMEMORA A SEMANA DO PSICÓLOGO

Nosso setor PpS comemora de 22 à 26 de agosto a "Semana do Psicólogo".
Em horários alternativos, toda a equipe vai celebrar para comemorar o dia do Psicólogo (27) com estudos de temáticas pertinentes ao cotidiano profissional do setor e mais específico do psicólogo.
A largada aconteceu com a exibição do filme "Como estrelas na terra" dirigido por Aamir Khan (2007) que aborda a problemática da dislexia no contexto educacional.


Uma confraternização da equipe aconteceu no final da tarde do dia 22/08/2011 momento de grande contentamento para todos em poder homenagear as duas psicólogas do setor: Rejane Maria Abílio Mangueira e Marinalva Rodrigues Costa.

Além de cumprir a agenda de trabalho da semana o setor realizará rodas de conversas sobre temas do cotidiano. Uma análise dos textos: “A importância da parceria entre família e escola no desenvolvimento educacional” e “ O papel da família na educação emocional de seus filhos” farão parte dos nossos estudos da semana.

Além de Marinalva e Rejane a equipe é composta pelas assistentes sociais Jaqueline Marques Xavier e Neuzani Carlos Balbino , pela pedagoga Marleide Rodrigues de Oliveira e pelo sociólogo Paulo de Tarso de Araújo Leite.



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

DINÂMICAS DE GRUPO QUE PODEM SER ADAPTADAS PARA TRABALHAR COM SENTIMENTOS


Dinâmica do “O que você parece pra mim…”

Esta dinâmica pode ser empregada de duas maneiras, como interação do grupo com objetivos de apontar falhas, exaltar qualidades, melhorando a socilização de um determinado grupo.
Material: papel cartão, canetas hidrocor e fita crepe.Desenvolvimento: Cola-se um cartão nas costas de cada participante com uma fita crepe. Cada participante deve ficar com uma caneta hidrocor. Ao sinal, os participantes devem escrever no cartão de cada integrante o que for determinado pelo coordenador da dinâmica (em forma de uma palavra apenas), exemplos:1) Qualidade que você destaca nesta pessoa;2) Defeito ou sentimento que deve ser trabalhado pela pessoa;3) Nota que cada um daria para determinada característica ou objetivo necessário a atingir nesta dinâmica.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwYNxphNFJmWuXbfsfDWHQ7JD0PdMDAKmG8c1btooGaSvj27X6nmRk19InB_TNmVi5R46PYwCqUchQzBWK70kbJqmePO9SoH2qpnM5tLMJE4x5l_pq5yQnwn38RxelAOVaqdNcq5136UY/s400/I+(46).jpg

Dinâmica da “Sensibilidade”
Dois círculos com números iguais de participantes, um dentro e outro fora. O grupo de dentro vira para fora e o de fora vira para dentro. Todos devem dar as mãos, sentí-las, tocá-las bem, estudá-las. Depois, todos do grupo interno devem fechar os olhos e caminhar dentro do círculo externo. Ao sinal, o Coordenador pede que façam novo círculo voltado para fora, dentro do respectivo círculo. Ainda com os olhos fechados, proibido abrí-los, vão tocando de mão em mão para descobrir quem lhe deu a mão anteriormente. O Grupo de fora é quem deve movimentar-se. Caso ele encontre sua mão correta deve dizer _Esta ! Se for verdade, a dupla sai e se for mentira, volta a fechar os olhos e tenta novamente. Obs: Essa dinâmica pode ser feita com outras partes do corpo, ex: Pés, orelha, olhos, joelhos, etc. Tem o objetivo de melhorar a sensibilidade, concentração e socialização do grupo.
Autor: Desconhecido

Dinâmica: Dinâmica do Amor
Objetivo: Moral: Devemos desejar aos outros o que queremos para nós mesmos. Procedimento: Para início de ano Ler o texto ou contar a história do “Coração partido” – Certo homem estava para ganhar o concurso do coração mais bonito. Seu coração era lindo, sem nenhuma ruga, sem nenhum estrago. Até que apareceu um velho e disse que seu coração era o mais bonito pois nele havia. Houve vários comentários do tipo: “Como seu coração é o mais bonito, com tantas marcas?” O bom velhinho, então explicou que por isso mesmo seu coração era lindo. Aquelas marcas representavam sua vivência, as pessoas que ele amou e que o amaram. Fianlmente todos concordaram, o coração do moço, apesar de lisinho, não tinha a experiência do velho.” Após contar o texto distribuir um recorte de coração (chamex dobrado ao meio e cortado em forma de coração), revistas, cola e tesoura. Os participantes deverão procurar figuras que poderiam estar dentro do coração de cada um. Fazer a colagem e apresentar ao grupo. Depois cada um vai receber um coração menor e será instruido que dentro dele deverá escrever o que quer para o seu coração. Ou o que quer que seu coração esteja cheio.. O meu coração está cheio de… No final o instrutor deverá conduzir o grupo a trocar os corações, entregar o seu coração a outro. Fazer a troca de cartões com uma música apropriada, tipo: Coração de Estudante, Canção da América ou outra.Contribuição enviada pela usuária: Tereza Cristina da Silveira Carvalho – Professora- Goiânia- GO

Dinâmica: “dança da cadeira cooperativa”
Objetivo: essa dinâmica serve para quebrar o gelo e fazer com que os participantes pensem sobre cooperação entre o grupo. Materiais: 1 cadeiraProcedimento: consiste na brincadeira da dança da cadeira(mesmo procedimento), só que em ao invés dos que ficarem sem se sentar sairem, terão que se sentar no colo do amigo, de modo que ninguém fique em pé. É muito engraçado! Ao final, com apenas uma cadeira todo o grupo terá que se sentar um no colo do outro.

Contribuição enviada pelo usuário: Luciene de Souza Figueiredo Pereira – diadema SP
FONTE DAS DINÂMICAS:

ATIVIDADES PARA TRABALHAR OS SENTIMENTOS


Jogo das expressões (Educação Infantil)


Levar a criança a reconhecer os sentimentos e dar nome a eles.
É bem prático: ao recordar fatos, ela toma consciência das causas e conseqüências do que sente.
Esse é um jogo da memória. Faça com a turma cartas (que formam pares) com desenhos de expressões faciais — triste, alegre, bravo.
A cada par formado, a criança lembra de um momento em que se sentiu como no desenho. Depois de unir todos os pares, cada aluno procura a expressão que melhor representa como ele se sente no momento.

dica do blog: Toda vez que uma criança machucar ou falar algo que deixe o colega magoado, converse com os dois amigos juntos e faça com que os dois manifestem seus sentimentos, ajude as crianças a definir com palavras os sentimentos que está tendo, por exemplo.
Você está brava com o que? Por que está sentindo isso? O que o colega te fez? Por que não gostou da atitude dele? Como podemos fazer agora?

Quando uma criança machucar a outra, leve-a junto para fazerem os primeiros socorros e prestar atendimento, para que perceba o que seu comportamento está gerando.

Gavetas dos sentimentos (Educação Infantil e 1ª a 4ª)
As crianças reconhecem o que sentem e manifestam emoções guardadas, que não puderam demonstrar em nenhuma ocasião. Elas guardam, simbolicamente, fora de si, fatos importantes e marcantes.
Providencie um miniarmário com três gavetas, cada uma com um sentimento (alegria, tristeza e saudade, por exemplo). Deve partir da criança a iniciativa de desenhar ou escrever sobre fatos que provocaram esses sentimentos, caso tenham necessidade. Você pode também planejar essas atividades, respeitando sempre a intimidade da criança.

TRABALHANDO OS SENTIMENTOS, NA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAIS


Fonte: Espaço da Criança

TRABALHANDO COM AS EMOÇÕES DAS CRIANÇAS
Trabalhar com os sentimentos, envolve delicadez e percepção por parte do educador. Não adianta falarmos se não colocarmos em prática aquilo que tanto pregamos. O professor é o espelho das crianças, que buscam imitar sua postura e gestos.
É preciso estar atento, para ver o que precisa ser trabalhado.
Com que emoções estamos lidando?
Como fazer a criança reconhecer seus sentimentos?
A criança está de luto, está trsite, deprimida, agitada, ansiosa, enfim… é preciso muita atenção e paciência para perceber os sentimentos de cada um.
Abaixo segue um texto sobre este tema, encontrado na revista NOVA ESCOLA e sugestões de atividades, encontradas no Picasa:
Como criar uma escola acolhedora
Dar carinho é só o começo. Você mostra que se importa com os alunos quando ouve o que eles sentem e valoriza as capacidades e os gostos de cada um. Assim, ajuda a formar pessoas mais felizes e cidadãos responsáveis
Hoje em dia é assim: eu preciso, eu quero, eu vou. Cada vez mais a sociedade estimula crianças e adolescentes a ter atitudes individualistas, que passam bem longe da reflexão e da responsabilidade com o próximo. O jovem só se sensibiliza quando se sente parte de um grupo — a família, a turma da escola, a sociedade — e entende que, em cada um deles, sua presença e sua contribuição são importantes.
Como a escola proporciona isso?
Oferecendo ao aluno o direito de ser ouvido e compreendido. Os professores que trabalham dessa maneira dão ao estudante caminhos para reconhecer seus sentimentos, desde pequeno. Daí para que ele se torne responsável por suas atitudes é um pulo. Para que você crie esse ambiente acolhedor, é necessário entender o que é afetividade e por que ela é fundamental na formação de pessoas felizes, éticas, seguras e capazes de conviver com os outros e com o planeta.
É preciso estimular a criança a dizer o que sente
Imagine se um aluno de 5 anos chegasse um dia dizendo que queria falar com você e emendasse: “Meus pais estão brigando muito. Acho que eles vão se separar e estou com medo. Por isso tenho batido nos meus colegas”. Absurdo. Crianças dessa idade dificilmente têm essa capacidade de expressão. Muito menos os adolescentes. Falar de sentimentos é difícil, principalmente na falta de um ambiente propício, que dê segurança e proteção suficientes para expor dores, medos e incertezas. Se o professor estimula a criança a expressar o que sente, logo vê mudanças significativas no seu comportamento.
Foi o que aconteceu com Daniel*, de 10 anos. Em 2004 ele foi matriculado na 4ª série do Colégio Ricaro, em São Paulo. Tinha dificuldades em fazer amigos e agia de forma bastante agressiva. Com muita paciência e conversa, a professora ganhou a confiança de Daniel, que passou a contar os problemas que tinha em casa. Aos poucos, ela descobriu que o garoto sentia muita falta da mãe, que via raramente.
Sem estímulo para expressar sua carência, Daniel só sabia agredir. Ao encontrar a compreensão da professora, fez amizade com os colegas e passou a ver na escola uma aliada.
“Pagar com a mesma moeda a agressividade de um aluno é pior. Trabalhamos muito com o Daniel para que, quando estivesse com raiva, não descontasse nos outros. Ele aprendeu a falar o que sentia”, conta Sílvia Verônica Alkmin Piedade, coordenadora da escola.
Todo esse cuidado, que parece ir além das obrigações do professor com o conteúdo, reflete no rendimento do aluno. Daniel, por exemplo, apresentou uma melhora significativa ao longo do ano, concluído com boas notas. “É tarefa do professor ser justo e generoso com sua turma”, afirma Yves de La Taille, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. A justiça, segundo ele, está ligada a tudo aquilo que é de direito do estudante.
Dar uma boa aula, por exemplo, é obrigação do professor. “Mas se ele fica com a criança meia hora depois da aula para atender a uma dificuldade, isso é generosidade. Além de sua conduta ser um exemplo, demonstra que se importa com o aluno.”
Pesquisa realizada com 70% dos professores de 1ª a 4ª série da rede municipal de Mutuípe, na Bahia, revela que 96% deles utilizam jogos, dinâmicas, brincadeiras, música e dança para prender a atenção da turma. No entanto, desses, apenas 13% se valem de tais atividades para trabalhar valores, emoções e sentimentos. “Os demais acham que esse tipo de atividade serve apenas como uma pausa no estresse entre um conteúdo e outro ou como uma forma de integrar, divertir ou tornar a aula prazerosa”, afirma o psicopedagogo Silvar Ferreira Ribeiro, professor da Universidade do Estado da Bahia e coordenador da pesquisa. Os dados revelam, ainda, que também a maioria (87%) acredita que é possível e importante trabalhar as emoções, mas não sabe como fazer isso (veja quadro na página seguinte).
Alguns professores entrevistados por Ribeiro se interessaram pelo tema da pesquisa e resolveram estudar mais sobre o assunto, como Raidalva Sena de Souza, professora da 4ª série. “Passei a ver, na prática, como os alunos mudam suas atitudes quando damos espaço para eles se expressarem”, conta. A professora teve vários alunos com histórias parecidas com a de Daniel. “Eles queriam muito que eu soubesse o que se passava em sua vida”, conta. Um dos garotos tinha comportamento instável por causa de problemas familiares. Raidalva se aproximou do aluno e utilizou em sala atividades para falar dos sentimentos. “Hoje me emociono quando nos encontramos. Seu carinho por mim é enorme e isso é uma recompensa.”
Bater papo sobre valores funciona mais do que sermão
Os estudantes precisam pensar sobre as próprias atitudes e reconhecer os sentimentos que movem suas ações. Quando eles fazem isso, surgem oportunidades de, na prática, construir valores positivos. No caso de um aluno mentir, por exemplo, o ideal é conversar reservadamente com ele questionando as conseqüências dessa atitude, de como os colegas vão agir ao descobrir a verdade. E se há furto na sala, o melhor é bater um papo, na hora, sobre valores importantes como honestidade, justiça e confiança. “Construir valores não é escrever no quadro que temos de ser solidários ou que não podemos bater nos colegas”, afirma a educadora Luciene Regina Paulino Tognetta, do Laboratório de Psicologia Genética da Universidade Estadual de Campinas, em São Paulo. “Isso se faz dando ao aluno a oportunidade de se colocar no lugar do outro e achar soluções alternativas para seus conflitos, sem agressão.”
A questão, no entanto, inquieta os educadores. Até que ponto a escola deve interferir na formação dos valores da criança? Para Telma Vinha, professora da Universidade de Franca, em São Paulo, a escola trabalha o tempo todo com o assunto, mesmo sem planejar. “Isso ocorre quando são estabelecidas regras de convivência, por exemplo. Mesmo o professor que se coloca numa posição de apenas transmissor de informação também está passando um valor: o de que é o adulto que detém o saber”, afirma. A construção de valores e atitudes cabe à escola, sim. O seu papel, professor, é identificar entre tantas opções o que pretende construir com sua turma.
DICAS:

Aproximar-se para o aluno compreender o quanto você se importa com ele.
Ouvir é a melhor maneira de formar pessoas seguras e felizes.
Valorizar o melhor de cada um é essencial para o crescimento.
Acreditar para melhorar a imagem que a criança tem de si mesma

Acreditar no estudante é uma forma de ajudá-lo a crescer
O modo como os professores enxergam a criança é essencial para o sucesso da aprendizagem. Quando não julgam e procuram se aproximar do aluno, acreditam nele, observam seu comportamento e incentivam suas capacidades, ele tem tudo para crescer. Com a ajuda dos professores da Unidade Integrada Mariana Pavão, da rede pública de São Luís do Maranhão, Vítor*, 13 anos, aluno da 4ª série, passou de “aluno-problema” para um dos melhores da turma. Filho de pais separados, ele mora com a mãe — que trabalha muito e não tem tempo de cuidar dele. Sem vigilância, o garoto passava a maior parte do tempo na rua e pouco ia à aula.
A diretora da escola onde Vítor estuda, Maria do Amparo Cantanhede Uchôa, acompanhou o aluno desde a 1ª série. “Quando ele chegou, mostrava um comportamento agressivo, o que se explica facilmente pela sua história de vida”, conta. Em vez de considerar Vítor um caso perdido por causa de seus problemas familiares, ela e as professoras se empenharam para ajudá-lo a ter perspectivas e sonhos. E Vítor já tem. “Quero fazer faculdade, ter um emprego, uma casa, uma família.”

MAIS DETALHES VOCÊS ENCONTRAM NO SITE:
http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0180/aberto/mt_241980.shtml#topo